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domingo, 9 de dezembro de 2012

Relaxamento do Corpo Físico p/ a Meditação


  Enquanto a alma estiver prisioneira do campo vibratório inferior que o corpo físico pode lhe proporcionar, não existe possibilidade de haver emancipação espiritual. O cotidiano material das pessoas tem lhes tolhido as escolhas que seriam certamente as mais adequadas para assegurar-lhes o aprimoramento da consciência. O mero ato de andar pelas ruas das cidades vem causando a contaminação dos valores pessoais, porque muitos são os conteúdos supérfluos que são impostos aos que se deixam influenciar pelos modismos e conformismos da época. Há uma indigna condição que empurra mesmo os mais sinceros e puros de coração a desvencilharem-se em desmedidas correrias em busca de lucro material.
                É como se tudo na vida girasse em torno da aquisição de bens materiais, existindo uma conformação geral da sociedade humana em torno de tal situação que lhe é imposta como normal. Poucos são os que priorizam a momentos de paz e de busca espiritual em meio a uma maioria avassaladora que prefere deturpar o verdadeiro significado da existência, para empenhar-se apenas em atividades que lhes distanciam profundamente e sempre mais de Deus e de suas Leis. Para estes poucos existem algumas opções que podem favorecer suas experiências de busca por introspecção, sendo uma delas, dentre as mais importantes, sem dúvida a meditação.
                O ato de meditar, no entanto, exige certas habilidades daqueles que desejam se entregar a tais estados de rendição ao silêncio interior. A meditação é em si um conjunto de ações, que resulta em um determinado efeito, que é a própria introspecção. Para começar, quem deseja se aquietar, até atingir o ponto do equilíbrio e de autocontrole que permite ao indivíduo se estabelecer na harmonia do seu próprio ser interior, precisa aprender a acalmar ao seu corpo físico. Esta parte da pessoa humana se encontra fortemente comprometida com as condições estressantes que o dia-a-dia impõe, e necessariamente tem que ser manipulada criteriosamente a fim de que a quietude interior possa predominar.
                Deve-se buscar por uma postura corporal que seja confortável, a qual não necessariamente precisa ser sentada. O corpo físico deve ser trabalhado de modo a que se obtenha o alinhamento do mesmo com os demais três corpos inferiores. Isso pode acontecer segundo as necessidades daquele que medita, e cada um precisa descobrir suas facilidades e dificuldades em torno da arte de meditar. Independente de se estar deitado, sentado ou em pé, importa que se desenvolva a habilidade de relaxar às tensões corporais mais densas, ao mesmo tempo em que se excluem aos eventuais incômodos emocionais e mentais que possam acometer àquele que deseja meditar no momento preciso em que se queira dar início a tal atividade.
                Exercitar esta habilidade exige que se perceba o corpo de maneira diferente a que usualmente as pessoas costumam percebê-lo. Quanto maior for o grau de abstração das distrações que as sensações da densidade causam, maior será a possibilidade de se adquirir introspecção. Se houver algum aspecto do corpo físico chamando a atenção de quem pretende meditar, seja devido à dor ou apenas à sensação causada pela existência de algo em particular, seja um órgão corporal ou os movimentos dos fluidos e dos impulsos nervosos do organismos, deve-se abstrair de tais percepções, de modo que a atenção seja voltada ao silêncio interior e não aos ruídos da percepção externa. Isso significa dizer que é interessante que se busque também por condições mais adequadas para a meditação no que se refere à situação do meio externo onde a pessoa que quer meditar se encontra.
                O silêncio do ambiente é fundamental, principalmente para aqueles que estão se iniciando na atividade de meditar, pois se perceberá que o tempo e a experiência farão com que o meditador saiba se manter em estado de introspecção até mesmo em meio à turbulência dos movimentos da natureza e das pessoas. Este é o estado perfeito da meditação, em que o silêncio e a paz são adquiridos conforme o desejo daquele que decide meditar independente da hora e do lugar onde se encontrar. Até que se atinja tal condição, deve-se, no entanto, buscar pelos momentos mais adequados para a execução destes exercícios de aquietação, os quais deverão ser criados pelo próprio indivíduo que deseja se exercitar.
                Busque pelo relaxamento corporal usando dos estratagemas que se fizerem necessários, abusando de tudo o que se mostrar mais adequado para sua própria condição. Não existe uma fórmula padrão que se aplique a todas as condições, pois, em geral, cada pessoa tem suas dificuldades assim como suas facilidades, e também preferências. Alguns ambientes serão mais favoráveis para certas escolhas, enquanto outros se mostrarão mais adequados para as demais. Músicas calmas são recomendáveis, podendo-se aromatizar o ambiente e aplicar de luzes específicas para cada caso em particular. Imagens e gravuras que inspirem ao meditador também são fortemente recomendadas. Enfim, o ambiente físico corporal e ambiental devem formar um uníssono vibratório para que o ato de meditar flua conforme o desejado.
                Empreguem de seus discernimentos, mas também busquem por orientação daqueles que meditam e que possam lhes instruir com carinho e dedicação. Verão o quão saudável será para si mesmos desenvolverem tais estados de relaxamento corporal, o que lhes tornarão mais aptos a estabelecerem-se na paz interior sempre que o desejem. Basta que queiram, com sinceridade e convicção, empregar algo dos seus tempos diários para tais importantes ações, e verão que só depende de suas decisões quererem doar-se aos seus próprios bem-estares. Aprofundem-se na arte de meditar e haverão de conquistar a si mesmos e ao controle sobre seus pensamentos e ações. O autocontrole lhes trará harmonia e satisfação, aumentando-lhes a autoestima e o poder de decisão e de realização.

                               Arcanjo Ezequiel (30/11/2012)

Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://ordemdezadkiel.blogspot.com.br. Este material faz parte dos recursos de apoio ao curso de Meditação que será oferecido em breve pela Ordem de Zadkiel na cidade do Rio de Janeiro. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação. 

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