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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Balabhadra (Balarama) Kavacham - Escudo de Balarama



Traduzido p/ o ingles por P.R.Ramachander

Duryodhana Uvacha:-
Duryodhana disse:-

1.Gopibhyam kavacham datham,
Gargacharyena Dheematha ,
Sarva Rakshakaram divyam,
Dehi mahyam , Maha Mune

Ó Grande sábio, por favor, dê-me
O escudo de proteção dado pelo grande Garga
Às gopis, o qual protege a tudo

Sri Pradvipaka Uvacha
O sábio Pradvipaka disse:-

2. Snathvaa jale , kshauma daraa, kusha asana,
Pavithra pani krita mantra marjanam,
Smrithvathaa nathwa Balam  Achythagrajam,
Sandhrayed  dharma samhitho bhaveth.

Depois de tomar banho, vestir roupas de algodão, e se sentar em um assento de grama,
A pessoa deve purificar suas mãos através dos cantos purificatórios,
Meditar na força do irmão mais velho de Krishna,
E se tornar plena do Dharma

3. Goloka dhama adhipathi , para Easwara,
Pareshu maam pathu  pavithra keerthana,
Bhoomandalam  saraspavad vilakshyathe ,
Yan moordhni  maam pathu  sa bhoomi mandale.

Que o mestre de Goloka, que é uma Divindade
Que tem fama imaculada e que transporta
A Terra em sua cabeça como um grão de mostarda,
Possa proteger-me neste mundo

4.Seneshu maam rakshathu   sira panir ,
Yudhe  sada rakshathu  maam hali cha,
Durgeshu cha avyaan musali sada maam,
Vaneshu  sankarshana aadhi deva.

Que ele que sustenta através da cabeça proteja-me do exército,
Que ele que carrega a arado sempre me proteja da guerra,
Que ele que segura a maça me proteja da força militar
Que a primordial Divindade Sankarshana me proteja das florestas

5.Kalindaja vega  haro Jaleshu,
Nilambaro  rakshathu maam sada  agnou,
Vayo cha Ramo avathu , khe Bala cha,
Maharnave Anantha vapu  sadaa maam.

Que ele que arrastou o Yamuna me proteja da água,
Que ele que veste roupas azuis sempre me proteja do fogo,
Que Balarama me proteja do vento,
Que Balarama me proteja do céu,
E que ele que é encarnação (da consciência) de Anantha me proteja do mar

6.Sri Vasudevo aavathu Paravatheshu,
SAhasra seersha  cha Maha vivadhe ,
Rogeshu maam  rakshathu Rohinyo,
Maam Kama phalo  aavathu  vipathsu.

Que o filho de Vasudeva me proteja das montanhas,
Que ele que tem mil cabeças me proteja nos debates
Que o filho de Rohini me proteja de doenças
Que ele que satisfaz todos os desejos me proteja de perigos

7.Kamath  sada rakshathu  dhenukari,
Krodhat  sada maam  dvividha prahari,
Lobhaath  sada rakshathu Balavalari,
Mohath sada maam kila Magadhaari

Que o inimigo de Dhenuka me proteja da paixão,
Que ele que bateu em Dvividha me proteja da ira,
Que o inimigo de Balavala me proteja da cobiça,
Que o inimigo do rei de Magadha me proteja da ilusão

8.Pratha sada rakshathu Vrushni duryah,
Prahne  sada maam Madura purendra,
.Madhyandine  gopa saka prapatu,
Svarat parahne  aavathu maam sadaiva

Que o melhor dos Vrshnis sempre me proteja ao nascer do sol,
Que o rei de Mathura sempre me proteja na manhã,
Que o amigo dos gopas me proteja no meio do dia,
Que o rei de si mesmo me proteja à tarde.

9.Sayam  Phanendro aavathu maam sadaiva,
Parathparo  rakshathu maam pradhoshe,
Purna nishte  cha  durantha  veeryah,
Prathyusha kale  aavathu maam sadaiva.

Que o rei das serpentes me proteja à tarde,
Que a Grande Divindade me proteja no crepúsculo,
Que o grande invencível me proteja à meia-noite,
E que o Senhor Balarama me proteja na madrugada.

10.Vidikshu maam rakshathu  Revathi pathi,
Dhikshu  pralambari adho  Yadu dwaha,
Oordhwam  sada maam Balabhadra   arat,
Thatha  samanthad  Baladeva  eva hi.

Que o consorte de Revati me proteja em todas as direções,
Que em todas as direções, eu possa ser protegido pelo inimigo de Pralamba,
Que Balabadhra me proteja de cima,
Que Baladeva me proteja quando eu estou por perto ou distante e em todos os lugares.

11. Antha sadavyaat  purushothamo , bahir,
Nagendra leelo aavathu  maam Maha bala,
Sadantharathma  cha  vasan hari swayam,
Prapthu purna parameswaro mahan.

Que eu seja protegido pelo melhor dos homens por dentro,
Que ele que vive passatempos de rei das serpentes me proteja por fora,
Que este muito poderoso que reside sempre dentro de mim no Senhor Hari,
Ele mesmo me proteja como o Grande Deus.

12.Devasuranam Bhaya nasanam cha ,
Huthasanaam  papa chaye indhanam,
Vinasanam vighna  ghatasya  vidhi,
Sidhasanam  varma varam  Balasya.

Este escudo protetor destrói o medo dos devas e asuras,
E é o fogo que arde ao queimar pecados,
E remove completamente os obstáculos do caminho,
Este é a melhor dos escudos dedicado a Balarama.

Extraído do blog Vaishnavismo e Religião Bhagavata:
http://religiaobhagavata.blogspot.com.br/

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sri Suktam

Sri Suktam significa literalmente Elogio a Sri ou Lakshmi, e é um Hino Védico, empregado para a prestação de reverências e a invocação da Eterna Consorte de Krishna ou Vishnu e de seus atributos e bençãos. As palavras abaixo consistem na tradução literal dos versos que aparecem no vídeo (ver no final de publicação). Os versos em sânscrito estão disponíveis em http://www.sathya.org.uk/resources/rel_texts/translations/Sri_Suktam-1.pdf, e outras duas traduções (em inglês) podem ser obtidas em http://www.divyajivan.org/ashtalakshmi/sri_suktam.htm e http://www.puja.net/wordpress/sri-suktam-rig-veda-mantra-for-lakshmi/.



Ó, aquela que é como uma corça matizada
Que reluz como um colar de ouro
Aquela que aparece com uma lua
Como esplendor ... Aquela Deusa Lakshmi
Invoque-a em mim, ó Agni (semideus do fogo)
Invoque-a em mim, ó Agni
Deusa Lakshmi, que é insuperável
Por cuja benção posso adquirir cavalos e homens
Com cavalos na frente... carruagem no meio
Circundados por tranquilos elefantes
Ó, radiante Deusa, venha para perto de mim
Conecte-me com Tua Divina Graça
Ó, Aquela cujas douradas maneiras sorridentes
Saturam nossos desejos ardentes com satisfação
Ó, Aquela que está sentada em um Lotus e é como um Lótus
Desdobre Tua opulência sobre mim
A lua brilha devido à Tua abrasadora fama
A beleza do mundo é enriquecida por Tua generosidade
Em Tua presença de Lótus, eu busco refugio
Eu oro que meu azar seja destruído
Aquela que como o calor do sol
Deu aos semideuses das florestas uma árvore como a Bilva
Os frutos da ação se devem a Tua afetuosa benevolência
Proteje-me da ilusão externa... e suprime meu azar
Venha a mim... Companheira Divina
Dispensa Tua glória sobre mim
Ó, primeira entre os escolhidos da Terra
Concede-me Tua glória
Libera-me da armadilha de fome, infâmia e acima de tudo do azar
Retire todos os obstáculos à prosperidade da minha residência
Tuas fragrantes bênçãos são Supremas
Oferecendo beleza sem fim
Divina Deidade de todos os seres
Concede-me Tua opulência
Faz minhas preces por desejos materiais se realizarem
Na forma de vacas e comida
Dá-me Tua gloriosa proteção
Ó, Mãe de todos os filhos do sábio Kardama
Suporta-me como a Kardama
Possa a prosperidade residir em minha casa
Ó, Mãe que é adornada com Lótus
Ó, Aquela que tem um descendente pacífico como Chiklita
Resida em minha casa
Ó, Deusa Mãe, que serve a todos os baixos de nascimento
Faça Tua opulente residência em minha família
Ó, Aquela que permanece forte, úmida e amarela (em cor) na margem do rio
Vestindo guirlandas de flores
Que tem o brilho da lua... Aquela Lakshmi
Invoque-a em mim, ó, Agni
Ó, Aquela sobre a qual os elefantes espirram água
Que segura um bastão de ouro e decorada com guirlandas de ouro
Que tem o lustre dourado do sol... Aquela Lakshmi
Invoque-a em mim, ó, Agni
Invoque-a em mim, ó, Agni
Aquela Lakshmi, que é inseparável
Cuja dourada generosidade
Ajuda-me a dar apoio ao meu povo
Àqueles que se purificam a si mesmos diariamente com devoção,
Como ghee (manteiga clarificada) em uma concha,
A Deusa da Fortuna irá conceder fartura quinze vezes
Se preces auspiciosas forem recitadas cem vezes
Ó, rosto de lótus... Ó magnífico lótus
Ó, olhar de lótus... Lótus das possibilidades
Adorando-a, Deusa de olhos de lótus
Eu adquiro felicidade com menor esforço
Aquela que concede cavalos
Que concede riqueza... Ó, grande benfeitora
Concede-me fartura... Ó, Deusa... Concede-me todos meus desejos
Ó, Aquela que fornece filhos, netos, prosperidade, glória
Cavalos e carruagens
Ó, Aquela que é reverenciada como a Mãe de todos os seres viventes
Meche com minha vida
Com a fartura do fogo
Com a fartura do vento
Com a fartura do sol
Fartura a partir dos elementos sutis
Fartura do Semideus Indra... Do senhor dos sábios
Do senhor dos oceanos... Tudo se deve a Tu
O elixir de Garuda
Bebendo aquele suco... Sacia-se a sede
Ó, a fartura de Soma (néctar Divino)... O renomado Soma
Ó, Deusa, dê-me aquele Soma
Não haverá raiva... Nem inveja
Nem ganância... Nem inauspiciosidade
Alguém se torna virtuoso e devotado
Por recitar o Sri Suktam
Ó, Aquela que traz a chuva da iluminação e as nuvens do Conhecimento
Todos aqueles que realizam a trajetória mais elevada obtém a visão do Brahman
Ó, amante de lótus
Aquela que senta sobre o lótus... Aquela com a palma de lótus
Aquela que pega o lótus... Como uma folha de lótus
Que percebe o Todo
Ó, amante do mundo
Poder gratificante da mente de Vishnu
Aos Teus pés de lótus, eu apresento as palmas de minhas mãos
Ó, Tuas famosas oito formas de Lótus (ashta Lakshmis)... Fornecem ilimitado contentamento
Ó, Aquela que vive como lótus, com o olho que tudo vê
Ó, Aquela cuja riqueza é vasta
Tem uma posição exaltada... E veste trajes brilhantes
Ó, Lakshmi, Teus Divinos elefantes
Decorados com uma variedade de joias
Banham-na com jarros de ouro
Possam Tuas eternas bênçãos de lótus
Unir isto com prosperidade
Ó, Lakshmi, rainha do oceano de leite
A Consorte de Sriranga (Vishnu)
Para devotos de todas as categorias
Ó, Deusa, Tu és a portadora do candeeiro deles
Ó, Aquela cujos belos e conscientes olhos dão a experiência
De Brahma e Shiva
Cuja linhagem de lótus perpassa os três mundos
Eu me prostro a amada de Krishna (Mukunda)
Ó, Lakshmi, que nos completa
Ó, Lakshmi, que libera
Ó, Lakshmi, que traz sucesso e aprendizagem
Ó, Lakshmi, doadora de riqueza
Ó, Lakshmi, doadora de bênçãos
Que me mantém satisfeito sempre
Tuas benevolentes benção e graça
Tu doas sentada no Lótus
Como milhares de sóis nascentes... Teus três olhos
Eu a adoro, Mãe do Mundo
Ó, auspiciosa que doa prosperidade
Eterna devota de Shiva
Ó, A que tudo sabe, que oferece abrigo
Deusa Narayani... Eu prostro-me perante Tu
Deusa Narayani... Eu prostro-me perante Tu
Ó, Aquela que reside no Lótus... Aquela que tem lótus na mão
Ó, bela, que veste uma guirlanda irradiante de fragrância agradável
Ó, Deusa, nascida da mente de Vishnu
Controlador dos três mundos, concede-me Tua graça
Consorte de Vishnu, Deidade da paciência
Ó, Lakshmi, amada de Krsna
Companheira amada de Vishnu... Ó, Deusa
Eu me prostro para a amada de Krsna
Ganhem conhecimento acerca dAquela Mahalakshmi
Meditem em torno dEsta consorte de Vishnu
Possa Esta Lakshmi guia-los
Aqueles que adoram Lakshmi (Sri)...
Irão desfrutar de vida longa, saúde, consciência, honra e respeito
Obter riqueza, grãos, animais, cônjuge e filhos com pouco esforço
E vida longa aos descendentes
Dívida, doença, pobreza, maldade, morte devido a fome
Medo, tristeza, angústia... São sempre superados
Isto é Conhecimento (Verdade)
Adquiram Conhecimento acerca dAquela grande Deusa
Meditem em torno dAquela consorte de Vishnu
Que possa Esta Lakshmi guia-los
Om... Paz, Paz, Paz






sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Divindades da Morada Eterna em Síntese



                A Morada Eterna não tem uma conformação que possa ser caracterizada com a precisão que se faz necessária para que o raciocínio inferior do ser humano se faça apto a compreendê-la. Ela tem diversas conformações e, dentre elas, o que se conhece no ambiente terreno desta Era como as Divindades da Cultura Védica, a caracteriza fortemente, porque sugere muitas de suas mais importantes energias, personagens, ambientes, moradias e passatempos. Ao se abordar as principais de tais personificações de energias e atribuições, desenvolve-se um raciocínio integrado a respeito de muitas das peças que compõem aos mecanismos através dos quais se manifestam tais Moradas de Luz.
                Partindo da compreensão da Anatomia Transcendental de Deus, visualizam-se às subdivisões da Infinita Consciência do Supremo Senhor, as quais estão nas personalidades que dão vida aos universos, construindo, sustentando e destruindo, conforme os princípios que se fazem através das Divinas Leis. Krishna é a Pessoa Absoluta, a qual contém em si a todos os padrões de existência, a partir dos quais se manifestam às demais pessoas que povoam aos mundos e co-criam aos mecanismos da vida. Ele é eternamente o controlador de todos os controladores, aquele que detém de toda a Sabedoria, fonte da Luz e do Poder. O que Ele deseja realizar se manifesta através de cada um dos movimentos que são manipulados por aqueles que, a partir do impulso para a criação que dEle obtém, transformam e dão forma à Luz, através do Poder que Ele lhes outorga.
                Eu Sou a Adi-Shakti do Senhor, sua energia feminina, a potência de criação que Ele mesmo realiza dentro de si, configurando a existência através das interações co-criativas que existem entre nós. Por meio de tais co-criações, Ele se traduz, idealizando o que pensa e manifesta por meio das conformações que se fazem entre o poder espiritual e a energia material. Krishna é o próprio Paramesvara (Isvara) e Eu Sou a Paramesvari (Isvari), o Shaktiman e sua Shakti, o controlador e a que se faz controlar através dos movimentos que se estabelecem a partir da vontade dAquele que controla ao que precisa se manifestar. Somos as energias fundamentais e, a partir de nossa interação, tudo se faz existir, inclusive às demais interações, as quais também se personificam, proporcionando o povoamento da Morada Eterna e uma melhor definição de sua conformação.
                O Quartênio Original contempla-nos e aos nossos aspectos criativo e destrutivo, onde Shiva e Parvati existem. Este Divino Casal transmuta aos padrões de existência, de modo a acarretar na sustentação dos universos a partir da aniquilação. Tudo o que se constrói, se construiu a partir do que se aniquilou. Os eternos ciclos de mudança, que envolvem o nascimento, o desenvolvimento e a morte se completam das atividades deste duplo co-criador. E eles permanecem associados a diferentes aspectos da geração material e de sua transformação, de modo a haver diferentes condições vibratórias que lhes pertencem e, que devido às diferentes atribuições que assumem, denotam determinadas configurações que lhes são bastante peculiares. A cada uma das Mahavidyas equivale um humor específico de Shiva, e a cada humor de Shiva equivale algum conjunto de ações que ele e sua consorte realizam.
                O Quartênio se complementa no padrão da Trindade, a qual se faz manifestar na contração e expansão do pensamento do Senhor. O Catur Vyuha é a Chama Trina interior, que está no coração de Krishna. Sankarshana, Pradyumna e Anirudha em estado integrado da consciência existem na Fonte de tudo o que há, porque são eles as personificações do Poder, Sabedoria e Amor intrínsecos aos modos de agir e existir de Narayana. Esta Chama Trina está na Ananta Shesha, a serpente primordial, e no oceano causal, em Svetadvipa, a porção da Morada Eterna que nos contém, Vishnu e eu (Lakshmi). Enquanto a Trimurti é a manifestação ternária do mesmo padrão da Chama Trina, porém que exterioriza a Obra da Criação, e que se preenche das pessoas de Brahma/Sarasvati, Vishnu/Lakshmi e Shiva/Parvati.
                A sintonização com qualquer uma de tais energias se faz quando aquele que intenciona sintonizar, além de conhecê-las, compreende a localização que elas ocupam dentro da Grande Ordem que as contém. É possível localizar algumas de nossas personalidades através de determinadas manifestações que revelamos na esfera física, como parte de missões especiais, de natureza avatárica. Sita, Rama, Lakshmana e Hanuman são exemplos deste tipo de personificação, pois nos passatempos que desenvolvemos em tais corpos, e usando de tais denominações, a Ananta Shesha se fragmenta em quatro irmãos, e o próprio Supremo Senhor se faz presente. As histórias que se contam a respeito do evento de Ramachandra em Ayodhya potencializam as interações que aqueles que as ouvem ou leem podem estabelecer com Deus e alguns dos seus associados mais íntimos.
                Quero acrescentar que, independente do estado de consciência em que alguém se encontre em determinado momento de sua vida, ele (ela) pode nos encontrar, fazendo uso das informações que estamos nos esforçando para propagar. Queremos conduzi-los para mais próximo de nós, onde se fartarão das benesses das esferas eternas da existência onde nos encontramos. Que o Supremo Senhor os abençoe com vida longa e saúde, bem-estar e segurança, para que, por força da tranquilidade de espírito que lhes ocupará, se sintam a vontade para nos buscar. Somos muitos e, ao mesmo tempo, uma unidade, que é em si o Absoluto Senhor, Krishna (Vishnu ou Narayana), Aquele que a tudo criou, dando-nos ímpeto e potencialidade para doar-nos, segundo nossas naturezas e atribuições, à sua Suprema Obra de Perfeição. Conectem-se a tal Perfeição, sintonizando-se com nossas energias e, desta forma, virão a nos conhecer melhor.

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.

Sarasvati, Lakshmi e Ganesha


 As energias personificadas que representam potências e poderes, e que se manifestam em formas e qualidades de Divindades, reverenciadas e adoradas por seus atributos, podem ser agrupadas entre si, do que resultam ainda mais habilidades e poderes que eventualmente são obtidas através delas. Qualquer atributo pode ser fortalecido a partir de uma congregação de entidades, e tais associações são consagradas a determinadas finalidades co-criativas. Aqueles que sabem reconhecer as energias e suas potencialidades, bem como as habilidades que podem ser adquiridas através da sintonização com uma associação de Divindades em particular, fazem certamente uso coerente do contato que conseguem travar com as mesmas.
                Sarasvati, Lakshmi (eu mesma) e Ganesha, pertencemos ao conjunto de entidades grupais, por meio de cujas particularidades, forma-se um somatório de atributos, do qual resultam outras peculiaridades, que só se manifestam a partir da união das funções de cada um. Nós três contemos nossas próprias características, determinantes da natureza e da condição vibratória que nos identificam.  Nossas aparências, vestes, ornamentos e objetos que usualmente nos acompanham denotam aquilo que somos, e o que realizamos a partir do que representamos. Para compreender ao conjunto, faz-se importante que se obtenha entendimento acerca das partes e, portanto, tracemos comentários a respeito das mesmas.
                Sarasvati é a contraparte feminina de Brahma, aquela que se encontra ocupada com a co-criação da forma que dá significado à construção dos universos (ver também Uma Introdução à Trimurti e Sarasvati e Brahma). Ela veste a cor branca, pois se associa à pureza que emana da existência, deixando-se envolver por teias de conhecimento, os quais são necessários para a realização da sua parte na co-criação. Tais teias estabelecem a Sabedoria, que se faz essencial para que haja a tradução da Consciência Absoluta em aspectos que compõem aos padrões vibratórios que constituem aos universos e seus planetas. Por este motivo, Sarasvati é associada à Sabedoria e às Artes.
                Lakshmi é um dos meus nomes, o qual se refere ao aspecto da energia feminina do Supremo Senhor que manipula (ver também Sri, Lakshmi ou Radha, a Consorte Divina), em interação com Vishnu, aos mecanismos que dão sustentação aos universos e regiões planetárias. Aprecio à sinceridade e à mansidão dos lares onde me prestam adoração, o que me atrai para tais locais com mais facilidade. A intromissão por parte de comportamentos agressivos, desregrados e de irregularidades da mente e das emoções das pessoas, em geral, causa-me desagrado e, por consequência, meu distanciamento deliberado daqueles que assim se fazem comprometer perante às Supremas Leis.
                Gosto das indumentárias que me dão aparência cintilante e refletem a opulência que minha posição de Consorte Divina naturalmente me fornece. Faço-me ver envolta por joias e ouro, moedas e oferendas, em oito formas diferentes (ashta Lakshmi), podendo apresentar-me com dois, quatro ou seis braços. Sempre carrego diferentes instrumentos, estando associada à ancestralidade das Divindades (Adi Lakshmi), prosperidade financeira (Dhana Lakshmi), produção agrícola (Dhanya Lakshmi), saúde animal (Gaja Lakshmi), geração de prole (Santana Lakshmi), coragem (Veera Lakshmi), vitória (Vijaya Lakshmi) e sabedoria (Vidya Lakshmi). Mas, é meu aspecto primordial (Adi Lakshmi), o qual contém todos os outros sete aspectos, que se agrega à Sarasvati e Ganesha na tríade que está sendo comentada.
                A terceira pessoa desta associação de Divindades é filho de Shiva e Parvati, sendo reconhecido como aquele que remove obstáculos, libertando das dificuldades, e oferecendo oportunidade de superação. Seus grandes ouvidos dão-lhe aguçada percepção, enquanto os olhos pequenos indicam sua pureza de intenção e habilidade introspectiva. Seu porte avantajado aponta sua força e poder de realização, e a ausência de uma de suas duas presas existe porque ele supera a todas as dualidades. A associação com Mushika, o rato que pode assumir grandes proporções a fim de servir-lhe como transportador, aponta para a subjugação das inquietações da mente dispersiva e invasiva, que precisa ser mantida sob perfeito controle. 
                Ganesha é reverenciado sempre que se deseje dar início a qualquer tipo de atividade, inclusive a adoração de Deidades em muitos templos. Ele também está presente na entrada de certos templos e residências, pois abre espaço para a transmutação das adversidades, e libera das imperfeições, proporcionando bons começos e finalizações de tudo o que se queira realizar sob sua proteção. Pode ser compreendido como um eterno brahmachari (solteiro), que não deseja se casar, pois sabe não haver outra mulher que se iguale à sua mãe (Parvati); ou como esposo de Buddhi (intelecto) e Siddhi (Poder).
                Juntos contemplamos às interações que existem entre Conhecimento Superior e sabedoria (Sarasvati), prosperidade e saúde (Lakshmi) e liberdade dos obstáculos e emaranhamentos (Ganesha). Proporcionamos paz de espírito, a partir da aquisição de bens e posses que são necessários para que cada um realize ao seu compromisso com o que o Plano de Deus traçou para si. Para tanto, as adversidades são afastadas, e, em seu lugar, nasce a esperança de uma boa colheita, de fertilidade, de iluminação dos pensamentos e aquisição de serenidade. A materialidade é subjugada pela espiritualidade, e a vida se transforma em um símbolo de pureza e de dignidade.
                Compreenda-se, no entanto, que nada podemos fazer na ausência de esforço daqueles que desejam sintonizar com nossas energias e obter influências das nossas atribuições. Além do mais, tal tipo de sintonização, como com qualquer outra Divindade da Morada Eterna, exige compenetração na interioridade do ser. Deve-se ir além da pessoalidade meramente física, para que se possa acionar a qualquer uma de tais consciências e, a partir delas, travar contato com mecanismos que a própria pessoa que trava o contato poderá reconhecer como mecanismos que originalmente lhe pertencem. Eu diria que somos facilitadores, porque detemos de percepções mais abrangentes do que as dos seres humanos comuns, muitos dos quais permanecem, por tempos imemoriais, alheios às suas potencialidades. Portanto, oferecemos nossa amizade e cumplicidade, no intuito de ajuda-los na exigente tarefa de superação das limitações que aprisionam a alma nas vibrações inferiores da materialidade. Venham a nós, e lhes indicaremos as soluções para muitos dos males que ainda lhes afligem, direcionando-os ao sucesso e à prosperidade que lhes pertence por direito.

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.

As Dasha Mahavidyas



                A energia feminina do Supremo Senhor se manifesta através de múltiplas formas e atribuições, personificando-se muitas vezes. Eu Sou a própria absoluta personalidade que contém em si a todas as gradações que compõem a esta energia, um aspecto de Krishna (Vishnu ou Narayana) que é Ele a Absoluta Personalidade que a tudo contém. Dentro de mim existem todas as qualidades e expressões do feminino primordial, que é a fonte e o fim de cada uma das manifestações do aspecto de Deus que realiza à forma a partir da intenção dos significados que Ele mesmo deseja manifestar.
                Se a existência pudesse de fato ser fragmentada (mas não pode), seria possível perceber-me em muitos dos pormenores que apareceriam de tal fragmentação. Em alguns deles, ver-se-ia certamente alguma das minhas formas. Eu Sou a Adi Shakti, aquela que integra à Obra da Criação como a kundalini de Deus, sua potência interna de Poder, a qual o faz criar.  Estou no Ternário Superior formado por Sri, Lakshmi e Radha, a Chama Trina que está no meu coração. Mas, também sou a Chama Trina de exteriorização da sustentação dos Universos, que se faz através das pessoas de Sarasvati, Lakshmi e Parvati (ou Durga).
                Cada uma destas minhas expressões tem sua própria complexidade e constituição específica, o que tem relação com o sentido de tais manifestações. Durga pode ser compreendida como o conjunto de dez principais qualidades, as quais se mostram designadas por diferentes nomes e distintas formas. São elas as Dasha Mahavidyas, as quais representam uma gradação da consciência de Parvati, a consorte de Shiva. Elas são nomeadas: Kali, Tara, Lalita-Tripurasundari, Bhuvaneshvari, Bhairavi, Chinnamasta, Dhumavati, Bagalamukhi, Matangi e Kamala. Kali é conhecida como a “devoradora do tempo”, enquanto Kamala é a “Deusa do Lótus”. Kali é o aspecto mais assustador e temido de Durga, enquanto Kamala é o mais refinado e sereno.
                 Existem muitas formas de adorar a estas dez expressões da energia feminina da aniquilação e, de fato, na Índia há muitos Templos devotados a uma ou mais de tais manifestações. Assim como também existem inúmeros relatos e histórias a respeito de cada uma das Mahavidyas e ilustrações das formas e interações que elas realizam. Kali tem cor negra e compleição violenta, embora possa até mesmo ser considerada como benevolente. Em geral, subjuga ao controlador do tempo, Shiva, sobre cujo corpo deitado ela se coloca e dança. Língua a mostra e quatro braços, todos armados, são detalhes da sua aparência. Alguns bhaktas indianos a adoram como o Ser Supremo, o qual acreditam ser feminino.
                Kamala tem também quatro braços e aparece sentada na postura de lótus sobre uma flor-de-lótus. É a própria Lakshmi e, portanto, realiza a um estágio da transição entre a consciência de Parvati e Lakshmi em si. Quatro elefantes a banham, usando de quatro kalashas ou jarros de néctar (amrita). O néctar é a bebida dos deuses, a essência da plenitude e da satisfação dos sentidos transcendentais, a qual só pode ser obtida através do contato com a Suprema Benevolência, conquistada apenas por aqueles que detêm de intimidade com Deus. Kamala tem compleição bela e aparência serena, e confere a bênção da pureza aos seus devotos.
                Os demais aspectos de Durga situados entre Kali e Kamala compõem à gradação da consciência desta parte da Personalidade Absoluta que é responsável pelo controle da forma que se dá à destruição. Todas são associadas a algum evento mais importante, o qual sempre se repete nas mentes daqueles que buscam por sua associação. Tara amamentou Shiva, a fim de fornecer antídoto ao veneno que ele ingeriu, e que fora criado quando semideuses e demônios agitaram ao oceano de leite. Tripura Sundari é associada a três diferentes níveis de compreensão espiritual, bem como às deidades de Brahma, Vishnu e Mahesvara. Bhuvaneshvari é muitas vezes associada a Subadhra, a irmã de Krishna e Balarama, e, eventualmente, como minha própria natureza (a Adi Shakti).
                Bhairavi se confunde com Kali, sendo devoradora de demônios, e a esposa de Bhairava, aspecto irado de Shiva. Também feroz é Chhinnamasta, cuja cabeça por ela mesma decapitada segura em uma das mãos. Dhumavati tem aparência de uma mulher idosa e não é bela, sendo associada a eventos não auspiciosos. Bagalamukhi senta em um trono no meio do oceano de néctar e é adorada em troca de proteção contra inimigos, o que também pode ser obtido através da adoração a outra forma de Durga, Matangi. Esta é considerada protetora e doadora de poderes, e também relacionada à aquisição de mestria nas artes, personificando a interação que existe entre Durga e Sarasvati.
                O contato com as diferentes energias e aspectos de Durga ou Parvati pode ser compreendido como um meio para a aquisição das interações que garantem modificação de estados da consciência e de condições da existência. Estando ela associada à manifestação material dos mecanismos, através dos quais a Suprema Inteligência se faz compreender por aqueles que experimentam dos mesmos mecanismos em suas vidas, a adoração às Dasha Mahavidyas, ou a aspectos desta gradação, fornece elementos para a compreensão da aniquilação de toda a realidade. Aquele que as reverencia predispõe-se a imolar-se a si mesmo, transformando-se e ao seu meio conforme a Vontade Divina.

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.

Sita, Rama, Lakshmana e Hanuman


 O Absoluto Supremo aparece nos planetas sempre que, por causa da condição da consciência planetária, a moralidade humana entra em decadência, tornando a alma distanciada dos valores superiores da existência. Ele encarna em corpos que, devido a cuja condição vibratória, não se classificam como materiais. Eu o acompanho, na qualidade de energia co-criativa feminina, assumindo diferentes nomes e atribuições dentro destes passatempos transcendentais que se manifestam entre os seres físicos, cujas consciências ainda se encontram, em grande maioria, condicionadas a submeterem-se às leis da natureza, alheias que estão às Leis Superiores que emanam da Mente de Krishna.
Dentro do ciclo de eras que a Terra atravessa, existem várias manifestações da Divina Presença do Senhor que, transferindo-se ao plano físico a partir de determinados portais, exibem muitas das opulências que só Ele mesmo pode manifestar. A Índia é, sem dúvida, o principal destes portais, pois consiste ela em um ponto do planeta para onde convergem inúmeras qualificações das energias da Absoluta Personalidade, dentre as quais algumas tomam forma humana a fim de realizar ao Plano Divino que pretende estabelecer a Luz da Sabedoria entre as mentes dos homens e das mulheres que habitam o globo. Por esse motivo, há registros nas escrituras védicas de vários avataras de Krishna (Vishnu ou Narayana) que apareceram nas terras que pertencem aos limites geográficos deste país.
                Ramachandra é uma das principais de tais manifestações, a qual se faz acompanhar das encarnações do Catur Vyuha e de mim mesma (Adi Shakti). Rama é o príncipe de Ayodhya, o mais velho de quatro filhos e, portanto, o herdeiro natural do trono. Seus irmãos são Lakshmana, Bharata e Shatrugna, encarnações respectivamente de Sankarshana, Pradyumna e Anirudha. Sita é a consorte de Ramachandra, a qual, junto com Lakshmana, o acompanha no exílio na floresta, que é causado pela trama tecida pela mãe de Bharata. Por desejar o trono para seu filho, ela exige de seu esposo, que o trono seja transferido ao mesmo, e que Rama seja exilado, por quatorze anos, na floresta. O rei, apesar do sofrimento e depressão que isso lhe causa, levando-o inclusive ao adoecimento e à morte, acede aos seus pedidos, porque devia-lhe dois favores. Para que seu pai honrasse ao compromisso assumido com sua segunda esposa, Rama aceita retirar-se do reino, deixando o trono para seu irmão.
Bharata não deseja separar-se do irmão, muito menos reinar sobre Ayodhya, mas aceita as instruções dadas por Ramachandra e assume o encargo, porém, decidido a devolver o trono ao irmão mais velho no evento do seu retorno do exílio. Acontece que como todos os aparecimentos do Senhor no planeta estão relacionados à eliminação das iniquidades e das condições demoníacas que imperam sobre a humanidade, a ida de Rama, acompanhado de Lakshmana e Sita, para a floresta tem uma importante finalidade. Ravana é o rei de Lanka e, devido ao acúmulo de poderes obtidos através de austeridades e meditação, tornou-se uma aflição para o povo. Torturado por sua própria arrogância e presunção, este ser maquiavélico deseja dominar ao Universo, e atormenta aos semideuses e aos soberanos de todos os reinos com os quais trava contato, visando aumentar infindavelmente ao seu domínio.
Ravana é, então, instado a raptar Sita, a partir de uma agressão de Lakshmana sobre a irmã dele, que veio, disfarçada de uma bela mulher, tentar contra o pudor dos dois irmãos exilados. Sita é levada por Ravana para Lanka e mantida prisioneira, e Rama alia-se a Hanuman e o exército de seres de uma raça de macacos, liderados por Sugriva. Este exército vence ao exército de Ravana e Rama elimina-o no campo de batalha, tendo que usar, para tanto, de seus poderes místicos. Sita, Rama e Lakshmana voltam para Ayodhya e Ramachandra assume o reinado, vindo a se tornar o líder perfeito e chefe de família exemplar. Ele demonstrava, acima de tudo, que o reinado e o bem da sociedade deveriam estar sempre acima de seus próprios interesses pessoais.
Por conta desta moral, ele inclusive separa-se de Sita, porque ela havia ficado na residência de outro homem durante alguns meses (Ravana), enviando-a para o eremitério de Valmiki, onde seus filhos gêmeos, Lava e Kusha, nascem. Os dois meninos crescem sem conhecer a história de seus pais, pois Sita prefere manter-se no anonimato. Quando eles crescem, afrontam Ramachandra em certa ocasião e, por estarem prestes a matar seu pai, Valmiki lhes conta a verdade sobre sua filiação. Rama deseja levar Sita de volta para Ayodhya, mas ela não aceita e retira-se para as entranhas da Terra, invocando uma de suas (minhas) energias, a qual é associada com os mecanismos físicos da existência material terrena (Bhavani). Outra versão da história de Sita e Rama conta que Sita na verdade foi substituída por Vedavati, a energia Bhu (o raio amarelo-dourado) de Adi Shakti, no evento do rapto e, portanto, a verdadeira Sita, a energia Sri (o raio azul) de Adi Shakti, estando isenta de contaminação, ficou com Rama em Ayodhya.
Tais passatempos caracterizam as energias de Sita e Rama, tornando-lhes referência do poder do verdadeiro amor, que é espiritual, e da vida familiar que manifesta a tais elos de profunda conexão eterna e imortal. Lakshmana é o raio azul do coração de Deus, que o acompanha na batalha contra Ravana, fortalecendo a ação do Supremo Senhor que lhe contém dentro de si. Hanuman é encarnação de Shiva, o qual invoca, para sua descida na forma deste personagem, a aspectos de Vayu (semideus do vento). Ele é a força inigualável, de um ser que se tornou imortal por haver recebido as bênçãos de todos os semideuses. Hanuman assume as dimensões que desejar, e tem o poder de transportar montanhas, com o único objetivo de fielmente servir ao Senhor e à sua missão planetária.
Pode-se adorar o quartênio Sita, Rama, Lakshmana e Hanuman sempre que se deseje travar contato com a Vontade Divina que estabelece a justiça e destrói a fonte do caos que atormenta a vida familiar e a ordem social. Reverenciá-los traz saúde e paz, amor sincero e esperança para o cotidiano de quem sintoniza com suas energias. Além do que, Ramachandra é o próprio Krishna (Deus, o Absoluto) e, portanto, está acima de qualquer desordem causada pelas imperfeições do pensamento e das ações humanas. Seus associados são lhes confidentes de suas intenções e, tanto Lakshmana quanto Hanuman, protegem ao dharma (à religiosidade) e eliminam às condições cármicas coletivas, porque são eles agentes de destruição das maléficas entidades que vampirizam aos lares e às coletividades. Sita, por sua vez, é a esposa ideal, casta e fiel às decisões de seu esposo, e cuja vibração transmite beleza, leveza e serenidade, qualidades que permitem que uma mulher cumpra com seus compromissos sem perder sua docilidade e amorosidade.

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.