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domingo, 9 de dezembro de 2012

Bhagavad Gita sob a Luz do Conhecimento Alquímico. IV. Cumprindo com as Atribuições



“Felizes são os ksatriyah que recebem a oportunidade de uma guerra como estas, ó Partha, porque as portas dos planetas celestiais se abrem para eles. Se, portanto, você não lutar, executando seu dever religioso, perderá sua reputação e ganhará reação pecaminosa. Todos falarão para sempre de você, sobretudo da sua infâmia. A má fama, para um homem respeitável, torna-se pior do que a morte. Os grandes generais, que tem forte estima por seu nome, considerarão que você deixou o campo de batalha por medo. Seus inimigos dirão muitas palavras indelicadas a seu respeito. O que haverá de mais doloroso do que isso?” (Bhagavad Gita 2.32-36).

Krishna: “Cada uma das almas viventes tem natureza própria e atribuições, as quais se lhes manifestam a partir da origem e do fim que lhes forneço segundo o que representam no uníssono das minhas Leis. Todas precisam realizar aquilo que lhes convém, sem se deixar confundir pelas ilusões de seus sentidos imperfeitos, porque se assim o fizerem, certamente se afastarão de mim. Aquele que realiza ao que precisa realizar, me satisfaz e, concluindo com êxito ao que lhe cabe executar, avança em conhecimento perfeito, adquirindo compreensão e assegurando-se a uma posição feliz. Por outro lado, quem desdenha do que lhe proponho a assumir como atribuição, segundo sua natureza e condição, afastando-se dos deveres que precisa cumprir, corrompe seus dias, ocupando-se com ações que lhes causarão confusão, molestando sua alma e destruindo lhe a razão” (11/11/2012).

Comentários:

            Tudo na vida tem um porquê, e basta existir para ter que se submeter aos sentidos da existência que se faz haver através do mero ato de existir. Cada qual precisa compreender-se e à sua condição, estabelecendo as metas do que precisa cumprir a fim de realizar-se como alma humana e à evolução do seu ser. As experiências que a vida fornece se fazem manifestar de acordo com o que as Divinas Leis desenham para cada qual, segundo as particularidades que se expressam através da individualidade que se representa como tal. Ninguém deveria se imiscuir de cumprir com as tarefas que lhes cabem realizar, conforme o que a Divina Providência lhes provê.
            As diferentes circunstâncias da vida e as oportunidades que se fazem evidenciar, dando contorno à forma que contextualiza a experiência que cada qual precisa realizar, existem para que haja a Luz, a partir da qual a existência se faz compreender. Nem todos, no entanto, estão aptos a percebê-la, e se perdem em meio às ilusões que lhes confundem às sensações transcendentais. Estes, em geral, por suas próprias escolhas, insistentemente se associam a padrões cotidianos que lhes infligem toda forma de insatisfação. Afeitos que se encontram com as mazelas da humanidade com as quais estabeleceram, por meio da repetição, elevado grau de intimidade, acostumam-se com o sofrimento e a dor, aceitando-os como opressões que o destino lhes proporciona, na independência de suas possibilidades de se libertarem dos mesmos.
            No entanto, Deus deseja que a alma se emancipe, doando-se exclusivamente ao que sua própria natureza lhe atribui a realizar. Krishna fala a Arjuna, que não desejava lutar, porque via seus parentes entre os adversários que precisava enfrentar: “se, portanto, você não lutar, executando seu dever religioso, perderá sua reputação e ganhará reação pecaminosa”.Claramente, Ele o informava de que as ações que, para as percepções emocionais de Arjuna, pareciam ser mortificantes, causando-lhe um suposto sofrimento, eram deveres que precisavam ser cumpridos. Percebe-se que mesmo uma alma grandiosa como a deste guerreiro se fazia duvidosa perante o que, aos olhos externos da sociedade e das tradições familiares, pareciam ser pecaminoso, quando as palavras de Deus lhes afirmavam o contrário.
            Pecaminoso é não realizar com os deveres que cabem à alma, segundo o que as Leis Supremas lhes incumbem a efetuar, mesmo que para os sentidos inferiores tais incumbências possam parecer o que para as percepções superiores elas não são. Desta forma, ressaltamos constantemente que é necessário que o eu personalidade depure aos seus corpos inferiores e às suas atitudes, estabelecendo-se em consciência ascensionada, de modo a poder se fazer compreender a partir de suas visões interiores. Pois, como Krishna reforça em seus comentários, “cada uma das almas viventes tem natureza própria e atribuições”, que lhes são conferidas por Deus, e que podem ser conhecidas por todo aquele que alcança ao seu Ser Crístico pessoal e à Presença Eu Sou.
            Quem desta forma se redescobre, “realiza ao que precisa realizar”, satisfazendo ao Supremo Senhor, “e, concluindo com êxito ao que lhe cabe executar, avança em conhecimento perfeito, adquirindo compreensão e assegurando-se a uma posição feliz”. A Sabedoria que direciona as ações e pensamentos da alma autorealizada a liberta de toda e qualquer forma de incompreensão das Leis Divinas e, sendo assim, quem adquire graus mais elevados na consciência se torna eficaz em tudo o que faz. A aquisição de conhecimento perfeito resulta então da apreensão dos significados de cada uma das interações que a alma realiza enquanto conhecedora das Supremas Leis, conscientemente ocupada em observar-se e às suas ações, desejosa de se fazer artífice dos desejos de Deus.

                                   Saint Germain (11/11/2012)

Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.

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