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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A roda de Nascimentos e mortes e a volta ao Supremo (Por Lord Krishna)


“Eu Sou a meta, o sustentador, o Senhor, a testemunha, a morada, o refúgio e o amigo mais íntimo. Eu Sou a criação e a dissolução, a base, o lugar onde se descansa e a semente eterna”. Aqueles que desejam me encontrar me encontrarão, desde que façam tudo o que é necessário para que me encontrem.aqueles que, não tendo outro objetivo, se concentram em Mim (ananyas cintayanto mam), a estes Eu dou proteção, fornecendo-lhes tudo o que necessitam, e o que eles necessitam os faz me encontrar, porque somente doo ao meu devoto sincero o que o faz se devotar ainda mais ao objeto de sua devoção."
 “tudo o que fizer”faça-o como uma oferenda a Mim (tat kurusva mad-arpanam),"
(Bhagavad-Gita 9.25)





A Grande Roda que realiza aos efeitos da Lei de Ação e Reação procede às sucessões de nascimentos e mortes, através das quais todas as Leis se revelam aos que usam de tal oportunidade para buscar por compreensão superior. Tais ciclos de vida e morte, de morte e vida (samsara), se repetem continuamente, enquanto a alma permanece em desconhecimento da parte de si mesma que pode libertá-la, porque a direciona de volta para minha Consciência. Àqueles que permanecem alheios à Suprema Manifestação do que pode me revelar aos que se encontram imersos nas teias da ilusão, certamente lhes dou a estas sucessivas transmigrações. Eles então confabulam com seus parceiros e muitos permanecem completamente ou quase totalmente esquecidos de quem Eu Sou, e do que suas existências significam dentro dos significados que outorgo às coisas que existem apenas porque desejo que elas se façam como parte do meu Ser e do meu Estar, o que se manifesta como existência.
                Quem nasce em um corpo físico estará sujeito à natureza material, cujas leis não independem das minhas Supremas Leis e, desta forma, não pode haver compreensão verdadeira da vida e de seus mecanismos sem que haja entendimento do que a vida física pode compreender na Totalidade do que manifesto como a natureza e a aplicação de suas relativas leis. Viver alheio à Verdade Absoluta, que contém a todas as pequenas verdades que compõem ao raciocínio humano, inevitavelmente leva o ser humano ao engano e à incompreensão do que pode lhe tornar isento de qualquer erro e, portanto, conduzi-lo à Perfeição. Percebe-se, ao observar-se com frieza aos mecanismos humanos que constituem a vida em sociedade deste Ciclo de Eras, que é chamado Kali, o quão imatura se encontra a mente da maioria. Embora haja bondade e amor, há excesso de iniquidade e de desconexão com a mesma natureza material, e muito mais ainda com relação à minha Morada e ao meu Pensamento e Poder.
                Por esses motivos, a pessoa ainda sofre os efeitos de seus maus carmas, o que se repete continuamente ao longo de uma infindável sucessão de vidas, a qual, se não for compreendida, se prolongará ainda mais infindavelmente. Para que tal aconteça, deve haver o esquecimento do que a vida de fato representa, e o esquecimento torna-se implacável na medida em que as pessoas perpetuam ao seu alheamento às minhas Supremas Leis. Porque se encontram esquecidas, elas dão preferência aos condicionamentos da vida que as conduz como uma enxurrada de acontecimentos. Tal qual um objeto que é transportado pela força das águas, a pessoa assim vaga de um lugar a outro e entre circunstâncias, transportada que é pela intensidade dos fluxos dos eventos materiais. Entregues às satisfações temporárias dos seus sentidos e ao precário entendimento da vida que o raciocínio inferior proporciona, tais almas, atreladas aos emaranhamentos da teia da ilusão material (maya), enveredam por trilhas que dificultam crescentemente ao despertar de suas consciências adormecidas.
                O enovelamento que resulta das interações realizadas com a energia material causa desejos e aversões, assim como necessidades e impulsos, ações e reações. Outros modos de interagir, e de construir novas teias de relações, são muitas vezes manipuladas pela própria intenção de continuar a buscar por aquilo que pode se mostrar como fonte de realização pessoal e de co-criação do que parece fornecer satisfação. A alma que assim se condiciona às buscas meramente materiais acredita que pode ser feliz quando adquire bens e se faz prosperar, de modo a obter o que lhe parece serem as soluções para suas eventuais decadências na consciência, quando tudo perde o sentido e a pessoa se indispõe contra si mesma, o mundo e as outras pessoas. Tais momentos de insatisfação podem levar alguns a me procurar, no entanto, nem todos conseguem de fato se aprofundar nestas que são as únicas buscas que tem verdadeiro valor e significado para a evolução espiritual e, portanto, para a redenção definitiva do ser, o qual está continuamente buscando por me compreender, mesmo que nem se dê conta disso enquanto se encontra envolvido com questões materiais.

                Por outro lado, àqueles que usam com adequação da oportunidade que a vida lhes fornece, porque descobrem que Eu lhes outorgo a possibilidade de viver exatamente para obterem de tal oportunidade de me conhecer, dou-lhes a Luz do Conhecimento, a qual é a única Fonte de paz e felicidade definitivas. Estes escolhem por experiências de vida que lhes permitem abstrair dos males aos quais os demais se entregam, e fixam suas atenções em Mim. Desta forma, havendo a busca perfeita, a Perfeição se faz, e muitas almas se iluminam, iluminando o mundo através de suas expressões. São estas minhas benquerentes que conduzem os mundos à redenção, proporcionando a melhoria das condições de onde elas se encontram, e dando proteção a outros seres viventes que se abrigam no entorno de suas presenças de Luz e de Amor.
                É preciso haver mais introspecção e menos apegos materiais, mais doação do que cultivo de desejos egoístas, mais amor e compartilhamento do que mesquinhez e falta de empatia para com os outros. Se cada um dos seres que habitam a um planeta se fizer consciente do que pode doar de si mesmo para que a experiência de muitos se transforme, devido à fonte de Plenitude e de saciedade das carências que ele pode representar, ainda maior será o número de almas que poderá despertar. Despertando para a Realidade que faço se manifestar segundo os significados que desejo dar ao que manifesto como Realidade, o ser humano pode enfim se libertar dos emaranhados materiais que até então o prendiam aos modos da natureza, tornando-o vulnerável à Lei de Ação e Reação e, portanto, aos ciclos de samsara. A autorealização é a descoberta do que está no íntimo como aquilo que, a partir da Totalidade que Eu Sou, se expressa como o ser individual que a pessoa é. A alma se autorealiza quando se reconfigura a fim de, compreendendo-me e à Lógica que traduzo como a vida que se pretende viver, faz sua transferência ao tempo Eterno, o qual está além de qualquer limitação da natureza material e, portanto, das sucessões perpétuas de nascimentos e mortes, e da Lei de ação e reação.
                               “Eu Sou a meta, o sustentador, o Senhor, a testemunha, a morada, o refúgio e o amigo mais íntimo. Eu Sou a criação e a dissolução, a base, o lugar onde se descansa e a semente eterna”. Aqueles que desejam me encontrar me encontrarão, desde que façam tudo o que é necessário para que me encontrem.aqueles que, não tendo outro objetivo, se concentram em Mim (ananyas cintayanto mam), a estes Eu dou proteção, fornecendo-lhes tudo o que necessitam, e o que eles necessitam os faz me encontrar, porque somente doo ao meu devoto sincero o que o faz se devotar ainda mais ao objeto de sua devoção."
 “tudo o que fizer”faça-o como uma oferenda a Mim (tat kurusva mad-arpanam),"
(Bhagavad-Gita 9.25)Bhagavad-Gita V


Capítulos 8 e 9
Volta ao Supremo

                Arjuna pergunta sobre o Brahman, o eu e as atividades fruitivas, sobre a manifestação material e os semideuses, questionando-me: “como você pode ser conhecido, pelos que adquirem autocontrole, na hora da morte (prayana-kale ca katham jneyo si niyatatmabhih)?” Esta pergunta é bastante pertinente porque muitas são as almas que ainda não conseguiram se perceber como o que merece se realizar a fim de readquirir a liberdade de estar ausente do mundo das formas ilusórias da natureza material. Portanto, a mente deste meu devoto e amigo se fez direcionar para o que convinha conversarmos de modo a, por travarmos tal conversação, confabularmos acerca do que interessa à alma para ela poder se libertar. Travei conversação, induzindo aos que agora podem compreender ao que desejei induzir, por meio de tais confabulações, a pensarem às suas próprias relações com o que de Mim se manifesta enquanto eles se compreendem como parte do que desejo manifestar.


anta-kale ca man eva
smaran muktva kalevaram
yah prayati sa mad-bhavam
yati nasty atra samsayah
            (BG 8.5)

                “Aquele que, ao deixar o corpo, no fim da vida, lembra-se de Mim, à minha natureza alcança, sem dúvida”, assim afirmei. Para que possa haver tal intenção, deve-se, no entanto, preparar-se ao longo de uma existência para tal momento de sua finalização, o qual pode se expressar em qualquer etapa da experiência particular. Com a mente e o intelecto rendidos (arpita-mano-buddhir), pela prática da meditação, mantendo a mente e a inteligência sem serem desviadas (abhyasa-yoga-yuktena cetasa nanya-gamina), deve-se pensar naquele que é luminoso como o sol e transcendental à escuridão (aditya-varnam tamasah parastat). Por desejar propor ao que de fato merece se compreender em torno de tal questão, explico, então, resumidamente ao processo através do qual se pode obter a salvação, alcançando-Me.
                O fechar-se à porta dos sentidos (sarva-dvarani samyamya), a fixação da mente no coração (mano hrdi nirudhya ca) e do ar na cabeça (murdhny adhayatmanah pranam) e o vibrar da sagrada sílaba om, na hora da morte do corpo, pode levar a alma a me atingir. Mas, estas condições somente são alcançadas por quem realiza à profundidade de tais feitos, manifestando-os conforme o que se faz necessário haver para que a alma se estabeleça em consciência sublimada no momento do corpo perecer. Fechar-se à porta dos sentidos é conquista que se adquire a partir do autocontrole e da austeridade através da qual se pode se autocontrolar e aos sentidos. A fixação da mente no coração leva o ser a me encontrar, porque Eu estou dentro de cada um destes centros de expressão do que, partindo de Mim, se manifesta como o significado fundamental da vida de cada alma em particular. A fixação do ar na cabeça permite realizar o vazio da existência material ao mesmo tempo em que a criatura que assim medita se abre para a consciência maior onde ela eternamente subsiste. O vibrar da sílaba om Me contém, porque Eu contenho a tal sílaba e a tudo o que nela está e é.

mam upetya punar janma
duhkhalayam asasvatam
napnuvanti mahatmanah
samsiddhim paramam gatah
               (BG 8.15)

                “Aqueles que me alcançam, jamais voltam a nascer neste lugar de misérias temporárias, pois alcançaram a Perfeição Última”. Este fato é fartamente documentado pela alma que se liberta, extraindo-se das aparentemente intermináveis teias de ilusão da natureza material. Por alcançar-me quero dizer que aquele que desta forma se liberta se faz controlar e aos seus sentidos e reside em seu coração, estando junto de Mim no lugar onde ninguém poderá chegar exceto se também se libertar das mesmas teias de insatisfação e de satisfação provisórias com as quais a alma humana costuma se identificar. “Ao alcançar-me, ó filho de Kunti, o renascimento não volta a acontecer (mam upetya tu kaunteya punar janma na vidyate)”. Porque renascer é fruto do condicionamento que transfere a alma de um corpo a outro sequencialmente enquanto não há iluminação por falta de acesso ao lugar onde a alma pode Me encontrar. Quando ela me encontra, a entidade viva se regala por retornar ao seu Verdadeiro Lar, atingindo o estado não condicionado de viver, onde há saciedade de todas as necessidades mais profundas a que a alma se entrega enquanto livre das amarras materiais.
Este estado da consciência está onde alguém pode me localizar, realizando as sucessões de nascer e viver que advém da rítmica de criação/aniquilação que ao Todo expõe. Digo que ao chegar o dia, as entidades vivas se manifestam (avyaktad vyaktayah sarvah prabhavanty ahar-agame) e, ao cair da noite, elas são aniquiladas.


paras tasmat tu bhavo nyo
vyakto vyaktat sanatanah
yah sa sarvesu bhutesu
nasyatsu na vinasyati
                 (BG 8.19)

                “Mas, há outra natureza transcendental a esta que é imanifesta e manifesta. Aquela é Eterna e, enquanto toda a manifestação é aniquilada, ela nunca é aniquilada”. A imanifesta e infalível (avyakto ksara) e o último destino (paramam gatim), da qual quando alcançada jamais se retorna (yam prapya na nivartate), esta é minha Suprema Morada (tad dhama paramam mama). Esta Morada é transcendental a todos os demais mundos, e somente nesta Suprema Manifestação de minha interação com as almas que acessam a tal estado de estar é que se pode enfim conhecer ao que nunca perece e que jamais deixa de existir. No entanto, as pessoas que não têm fé (asraddadhanah purusa) não podem me atingir. Porque a falta de fé não as permite analisarem-se a partir de um ângulo de visão por meio do qual elas também podem me ver e, me vendo, enquanto se autoanalisam, estabelecerem-se na consciência que as eleva acima de qualquer imperfeição dos sentidos que porventura possa as manter vazias de tal fé.

maya tatam idam sarvam
jagad avyakta-murtina
mat-sthani sarva-bhutani
na caham tesv avasthitah
           (BG 9.4)

                “Toda esta manifestação cósmica é penetrada por Minha forma imanifesta. Todas as entidades vivas estão em Mim, mas Eu não estou nelas”. Eu Sou o mantenedor de todas as entidades vivas (bhuta-bhrt), a Fonte de todas as manifestações (bhuta-bhavanah). E isso precisa ser realizado por aquele que está desejoso de se realizar enquanto busca compreender-me e a si mesmo através da compreensão que adquire sobre Mim.  Esta compreensão está na contemplação da seguinte Verdade:

prakrtim svam avastabhya
visrjami punah punah
bhuta-gramam imam krtsnam
avasam prakrter vasat
(BG 9.8)

                “A ordem material Eu crio a partir do meu próprio Eu, repetidas vezes, causando todas as manifestações cósmicas automaticamente sob a força da natureza”. Mesmo assim, desapegado, não sinto atração por tais atividades (udasina-vad asinam asaktam tesu karmasu), manifestadas através da natureza material, a qual está sob minha superintendência (mayadhyaksena prakrtih). Eu Sou aquele do qual emanam todas as possibilidades de que o que precisa se concretizar de fato se concretize. A Fonte e também o Fim de tudo o que se faça existir, mas, ao mesmo tempo não me deixo envolver pelo que está sob minha jurisdição. Tudo o que se faz segundo o que pretendo fazer para que o Todo se faça existir Eu contenho, no entanto, não me faço conter pelo que se faz haver por meio de tais minhas articulações. A alma que está prestes a se estabelecer na Luz do que vale conhecer, precisa perceber, através de suas interações sutis Comigo e com o que emana do que Eu pretendo manifestar, que:

gatir bharta prabhuh saksi
nivasah saranam suhrt
prabhavah pralayah sthanam
nidhanam bijam avyayam
              (BG 9.18)

                “Eu Sou a meta, o sustentador, o Senhor, a testemunha, a morada, o refúgio e o amigo mais íntimo. Eu Sou a criação e a dissolução, a base, o lugar onde se descansa e a semente eterna”. Aqueles que desejam me encontrar me encontrarão, desde que façam tudo o que é necessário para que me encontrem. Pois, aqueles que desejam prazer dos sentidos alcançam repetidos nascimentos e mortes (gatagatam kama-kama labhante), mas aqueles que, não tendo outro objetivo, se concentram em Mim (ananyas cintayanto mam), a estes Eu dou proteção, fornecendo-lhes tudo o que necessitam, e o que eles necessitam os faz me encontrar, porque somente doo ao meu devoto sincero o que o faz se devotar ainda mais ao objeto de sua devoção. O foco em torno de um objeto de adoração conduz ao que adora ao que lhe serve de objeto e, portanto, de foco de suas intenções. Todos podem desenvolver seus impulsos, os quais os levarão para próximo do que os impulsiona a se devotar a algum objeto em particular, sendo assim, a Arjuna falei:


yanti deva-vrata devan
pitrn yanti pitr-vratah
bhutani yanti bhutejya
yanti mad-yajino pi mam
               (BG 9.25)

                “Os adoradores dos semideuses vão aos semideuses, os adoradores dos ancestrais vão aos ancestrais, os adoradores de fantasmas e espíritos vão aos fantasmas e espíritos. Mas, meus devotos vêm a Mim”. Portanto, “tudo o que fizer” (yat karosi) faça-o como uma oferenda a Mim (tat kurusva mad-arpanam), assim recomendei a Arjuna, desejoso de, por meio de tal recomendação, me direcionar às almas do mundo que vêm a ser alcançadas por tal Canção. Para complementar, assim reforcei às ideias que estava a concatenar: com a mente firmemente estabelecida em renúncia, liberado, você me alcançará (sannyasa-yoga-yuktatma vimukto mam upaisyasi). Enfim, Meu devoto jamais perece (na me bhaktah pranasyati) e, portanto:

man-mana bhava mad-bhakto
mad-yati mam namaskuru
mam evaisyasi yuktvaivam
atmanam mat-parayanah
            (BG 9.34)

                “Sempre pensando em Mim, torne-se meu devoto. Adore-me e ofereça-me reverências. Estando completamente absorta e devotada a Mim, sua alma virá a Mim”.

                                               Sri Krishna (19/04/2013)

Conteúdo obtido por sintonização, através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.br. Este material faz parte dos recursos de apoio ao curso de Ciência da Autorealização e do curso de Bhagavad-Gita, oferecido pela Ordem de Zadkiel, na cidade do Rio de Janeiro. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.

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