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domingo, 23 de setembro de 2012

O Catur Vyuha e a Pessoa de Balarama ou Baladeva




       Deus contém em si uma Anatomia Transcendental, a qual compreende os seus conteúdos e significados, expressos nas energias que se personificam, e que lhe representam e aos seus aspectos pessoais. As personalidades que lhes são intrínsecas têm características próprias e integram-se no conjunto de personificações que correspondem às muitas partes do Senhor. Imagine-se que Ele se manifesta como uma Pessoa unificada cujo corpo ilimitado tem muitas expressões e, dentro dele, tais expressões estão localizadas em diferentes regiões de tal anatômica organização. Em diferentes partes deste Sagrado Corpo encontram-se aspectos distintos da Totalidade que está contida em tal Suprema Anatomia.
Em cada uma de suas muitas cabeças reside a essência de determinada personalidade que dEle emana, representando a algum dos seus aspectos pessoais ou conjunto de energias, as quais, na lógica da Ordem que contém a todas as Manifestações Divinas, contém uma ou mais atribuições específicas. Da mesma forma, o mesmo existe para qualquer outra parte do seu corpo. O Catur Vyuha é a Chama Trina que está localizada no coração do Senhor, compondo-se de um conjunto de quatro energias essenciais. Estas energias são manifestações dos quatro raios básicos íntimas a Krishna (Vishnu ou Narayana), e podem ser visualizadas como o entrelaçamento do raio azul com o amarelo-dourado e o rosa, disposto sobre uma flor-de-lótus branca.
A flor-de-lótus contém a síntese dos outros três raios, e se personifica em Vasudeva (o próprio Senhor Supremo). O raio azul é Sankarshana, o amarelo-dourado é Pradyumna e o rosa é Anirudha. Sendo assim, Sankarshana é a personificação do impulso criativo de Deus, enquanto Pradyumna personifica ao potencial de sustentação do ato criativo e Anirudha à potência de aniquilação. Mas, tais energias ou potenciais são internos ao coração de Krishna, pois as Manifestações Divinas para a expressão que se externaliza a partir da Mente do Senhor estão na Trimurti (ver também Uma Introdução à Trimurti). Há forte integração entre a ação destes potenciais de co-criação interna e externa que sustém à Obra Maior.
O Catur Vyuha está em todas as Moradas do Céu Espiritual, como pessoas e/ou energias co-criativas. Em tais Moradas, tudo o que compõe ao ambiente que circunda à Suprema Personalidade, bem como os objetos com os quais Ele trava contato, são manifestações das interações co-criativas que se fazem entre as energias masculina e feminina de Deus na forma do Catur Vyuha. Pode-se compreender que existe uma matriz de interseções entre as quatro energias (4 X 4 = 16 subdivisões) da Chama Trina multiplicada por dois, o masculino e o feminino da mesma Chama. Sendo assim, as atribuições de cada membro do Catur Vyuha se manifestam a partir da consciência (o masculino) e da forma (o feminino).
Esta matriz de 16 subdivisões, que manifesta uma teia de interações entre quatro energias de co-criação, e entre consciência e forma, do que está na Mente de Deus, é a responsável pela construção, sustentação e aniquilação de todos os detalhes do Céu Espiritual, mesmo quando ele se manifesta em alguma esfera planetária, acompanhando os passatempos avatáricos de Narayana (Vishnu ou Krishna). Além do que, as pessoas de Sankarshana, Pradyumna e Anirudha existem como tal na Morada Azul (Vaikuntha), e encontram-se associadas na Ananta Shesha e no Oceano Causal da Morada Amarelo-Dourada (Svetadvipa). Na Morada Rosa (Goloka), elas se manifestam como associados de Krishna, vinculados a diferentes passatempos, os quais aconteceram na Terra, mas subsistem eternamente em tais Moradas Espirituais.
Pradyumna é o filho mais velho de Krishna e Rukimini, e Anirudha é filho de Pradyumna nos passatempos de Dvaraka. Eles também aparecem ao lado de Rama, como seus irmãos, Bharata e Shatrugna, em Ayodhya. Eternamente ambos existem também como filhos das gopis em Vrindávana, multiplicando-se em inúmeras expansões, que manifestam o fruto do amor secreto do Senhor com suas amantes transcendentais. Sankarshana, por sua vez, neste mesmo passatempo em Vrindávana, é Balarama ou Baladeva, o irmão mais velho de Krishna, e suas expansões são os outros vaqueirinhos, amigos e companheiros dos dois irmãos. Em Ayodhya, ele aparece, também na pessoa do irmão da Suprema Personalidade, como Lakshmana, o qual acompanha Rama no exílio da floresta e na missão de matar Ravana, que raptou Sita, a Consorte Divina.
A energia que se personifica como Balarama e como Lakshmana, também se faz manifestar como Nityananda, ao lado de Caitanya Mahaprabhu, um passatempo mais recente (por volta de 1.500 d.C), que reúne muitos dos associados do Senhor em torno de uma dispensação em particular, a qual tem por foco principal o cantar dos Santos Nomes de Deus, através da entoação de mantras e canções. Baladeva é a força ou poder de iniciativa que está dentro de Krishna, sempre prestes a ser acessada segundo a Vontade dEle, que é o Supremo Senhor. Portanto, tal energia íntima de Deus não deve ser compreendida como a própria Personalidade Absoluta, mas está contida nEla e, sendo assim, não pode ser considerada como algo a parte de Krishna.
Observando-se aos passatempos dos quais a potência interna que impulsiona à criação de Deus participa, pode-se compreendê-la melhor e, a partir de tal compreensão, acioná-la por sintonização, adquirindo da misericórdia que ela contém. Em Vrindávana, muitos seres demoníacos foram exterminados por Balarama, porque seu poder é o próprio Poder de Deus que impulsiona à transmutação para que novos ciclos se iniciem. Quem adora a pessoa do Senhor Baladeva adora ao Supremo Mantenedor dos Universos e aos seus impulsos de Criação de novos começos. Quem adora a esta personificação da potência interna de criação de Deus, obtém de sua proteção para vencer a qualquer barreira que possa se interpor à sua própria salvação das trevas da ignorância. 

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado neste blog. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.

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