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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sita, Rama, Lakshmana e Hanuman


 O Absoluto Supremo aparece nos planetas sempre que, por causa da condição da consciência planetária, a moralidade humana entra em decadência, tornando a alma distanciada dos valores superiores da existência. Ele encarna em corpos que, devido a cuja condição vibratória, não se classificam como materiais. Eu o acompanho, na qualidade de energia co-criativa feminina, assumindo diferentes nomes e atribuições dentro destes passatempos transcendentais que se manifestam entre os seres físicos, cujas consciências ainda se encontram, em grande maioria, condicionadas a submeterem-se às leis da natureza, alheias que estão às Leis Superiores que emanam da Mente de Krishna.
Dentro do ciclo de eras que a Terra atravessa, existem várias manifestações da Divina Presença do Senhor que, transferindo-se ao plano físico a partir de determinados portais, exibem muitas das opulências que só Ele mesmo pode manifestar. A Índia é, sem dúvida, o principal destes portais, pois consiste ela em um ponto do planeta para onde convergem inúmeras qualificações das energias da Absoluta Personalidade, dentre as quais algumas tomam forma humana a fim de realizar ao Plano Divino que pretende estabelecer a Luz da Sabedoria entre as mentes dos homens e das mulheres que habitam o globo. Por esse motivo, há registros nas escrituras védicas de vários avataras de Krishna (Vishnu ou Narayana) que apareceram nas terras que pertencem aos limites geográficos deste país.
                Ramachandra é uma das principais de tais manifestações, a qual se faz acompanhar das encarnações do Catur Vyuha e de mim mesma (Adi Shakti). Rama é o príncipe de Ayodhya, o mais velho de quatro filhos e, portanto, o herdeiro natural do trono. Seus irmãos são Lakshmana, Bharata e Shatrugna, encarnações respectivamente de Sankarshana, Pradyumna e Anirudha. Sita é a consorte de Ramachandra, a qual, junto com Lakshmana, o acompanha no exílio na floresta, que é causado pela trama tecida pela mãe de Bharata. Por desejar o trono para seu filho, ela exige de seu esposo, que o trono seja transferido ao mesmo, e que Rama seja exilado, por quatorze anos, na floresta. O rei, apesar do sofrimento e depressão que isso lhe causa, levando-o inclusive ao adoecimento e à morte, acede aos seus pedidos, porque devia-lhe dois favores. Para que seu pai honrasse ao compromisso assumido com sua segunda esposa, Rama aceita retirar-se do reino, deixando o trono para seu irmão.
Bharata não deseja separar-se do irmão, muito menos reinar sobre Ayodhya, mas aceita as instruções dadas por Ramachandra e assume o encargo, porém, decidido a devolver o trono ao irmão mais velho no evento do seu retorno do exílio. Acontece que como todos os aparecimentos do Senhor no planeta estão relacionados à eliminação das iniquidades e das condições demoníacas que imperam sobre a humanidade, a ida de Rama, acompanhado de Lakshmana e Sita, para a floresta tem uma importante finalidade. Ravana é o rei de Lanka e, devido ao acúmulo de poderes obtidos através de austeridades e meditação, tornou-se uma aflição para o povo. Torturado por sua própria arrogância e presunção, este ser maquiavélico deseja dominar ao Universo, e atormenta aos semideuses e aos soberanos de todos os reinos com os quais trava contato, visando aumentar infindavelmente ao seu domínio.
Ravana é, então, instado a raptar Sita, a partir de uma agressão de Lakshmana sobre a irmã dele, que veio, disfarçada de uma bela mulher, tentar contra o pudor dos dois irmãos exilados. Sita é levada por Ravana para Lanka e mantida prisioneira, e Rama alia-se a Hanuman e o exército de seres de uma raça de macacos, liderados por Sugriva. Este exército vence ao exército de Ravana e Rama elimina-o no campo de batalha, tendo que usar, para tanto, de seus poderes místicos. Sita, Rama e Lakshmana voltam para Ayodhya e Ramachandra assume o reinado, vindo a se tornar o líder perfeito e chefe de família exemplar. Ele demonstrava, acima de tudo, que o reinado e o bem da sociedade deveriam estar sempre acima de seus próprios interesses pessoais.
Por conta desta moral, ele inclusive separa-se de Sita, porque ela havia ficado na residência de outro homem durante alguns meses (Ravana), enviando-a para o eremitério de Valmiki, onde seus filhos gêmeos, Lava e Kusha, nascem. Os dois meninos crescem sem conhecer a história de seus pais, pois Sita prefere manter-se no anonimato. Quando eles crescem, afrontam Ramachandra em certa ocasião e, por estarem prestes a matar seu pai, Valmiki lhes conta a verdade sobre sua filiação. Rama deseja levar Sita de volta para Ayodhya, mas ela não aceita e retira-se para as entranhas da Terra, invocando uma de suas (minhas) energias, a qual é associada com os mecanismos físicos da existência material terrena (Bhavani). Outra versão da história de Sita e Rama conta que Sita na verdade foi substituída por Vedavati, a energia Bhu (o raio amarelo-dourado) de Adi Shakti, no evento do rapto e, portanto, a verdadeira Sita, a energia Sri (o raio azul) de Adi Shakti, estando isenta de contaminação, ficou com Rama em Ayodhya.
Tais passatempos caracterizam as energias de Sita e Rama, tornando-lhes referência do poder do verdadeiro amor, que é espiritual, e da vida familiar que manifesta a tais elos de profunda conexão eterna e imortal. Lakshmana é o raio azul do coração de Deus, que o acompanha na batalha contra Ravana, fortalecendo a ação do Supremo Senhor que lhe contém dentro de si. Hanuman é encarnação de Shiva, o qual invoca, para sua descida na forma deste personagem, a aspectos de Vayu (semideus do vento). Ele é a força inigualável, de um ser que se tornou imortal por haver recebido as bênçãos de todos os semideuses. Hanuman assume as dimensões que desejar, e tem o poder de transportar montanhas, com o único objetivo de fielmente servir ao Senhor e à sua missão planetária.
Pode-se adorar o quartênio Sita, Rama, Lakshmana e Hanuman sempre que se deseje travar contato com a Vontade Divina que estabelece a justiça e destrói a fonte do caos que atormenta a vida familiar e a ordem social. Reverenciá-los traz saúde e paz, amor sincero e esperança para o cotidiano de quem sintoniza com suas energias. Além do que, Ramachandra é o próprio Krishna (Deus, o Absoluto) e, portanto, está acima de qualquer desordem causada pelas imperfeições do pensamento e das ações humanas. Seus associados são lhes confidentes de suas intenções e, tanto Lakshmana quanto Hanuman, protegem ao dharma (à religiosidade) e eliminam às condições cármicas coletivas, porque são eles agentes de destruição das maléficas entidades que vampirizam aos lares e às coletividades. Sita, por sua vez, é a esposa ideal, casta e fiel às decisões de seu esposo, e cuja vibração transmite beleza, leveza e serenidade, qualidades que permitem que uma mulher cumpra com seus compromissos sem perder sua docilidade e amorosidade.

Conteúdo obtido por sintonização com a energia de Sri Adi Shakti, através de Valéria Moraes Ornellas, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.

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