Mesmo
que a alma humana queira, ela não poderá deixar de evoluir, porque a ela
pertencem as Divinas Leis, as quais espontaneamente a farão compreender que
precisa se superar. Muitos caminhos se abrem perante a percepção de quem tem
condições de compreender que impulsos e trajetos se fazem para si de acordo com
suas habilidades de se proteger do que pode danificar sua existência, mas
também segundo as possibilidades de ultrapassar os limites que não devem
permanecer, alienando-a da liberdade para evoluir. Torna-se nítido, para quem
decide se aprimorar, que as fronteiras que se desenham em diferentes momentos
não precisam obrigatoriamente se manter na vida de quem já as experimentou. Se
elas existiram apenas para que pudesse haver aquisição de entendimentos, quando
outras necessidades surgem, certamente terá que haver transcendência do que já
não se sustenta mais.
Estou
sugerindo que a pessoa reavalie suas aquisições constantemente, dando-se espaço
para confrontar-se e aos seus saberes com o novo, que para ela não se decifrou.
Não se deve fugir da novidade, mesmo que ainda haja muito a se compreender,
para que enfim o recém-criado deixe de surpreender. Vivem-se momentos de profunda
renovação, e a liberdade se refaz periodicamente, de modo que não existe
necessidade de se fechar em um mundo que por tanto tempo lhe pertenceu, se ele
já não promove mais seu avanço rumo a um estado de consciência superior. É com
pesar que vejo o quanto a alma humana se apega ao que não lhe permitirá se
aprofundar, e insiste em se manter como sempre esteve, com medo do que lhe
parece diferente do que está acostumada a vivenciar.
Olhem
através do tempo e perceberão claramente que tudo muda com o passar dos anos,
inclusive a maneira de se relacionarem entre vocês e para com Deus, a Fonte de
todas as relações. Percebam ao seu redor como os mecanismos da vida se
modificam com constância e dinamicamente tudo se altera, fazendo com que haja
equilíbrio, mas também o caos em certos momentos. Se avaliarem com critérios,
compreenderão que o próprio modo de pensar da sociedade em que se encontram
está mudando sempre de conformação. Tais mudanças causam novas maneiras de se
perceberem em meio ao mundo e, sendo assim, elas precisam estar fundamentadas
em princípios os quais lhes garantirão a boa sorte de mudar para melhor.
Escolham,
portanto, o que deve ou não constituir aos seus universos pessoais, mas o façam
com cautela, para não se deixarem levar pelas ondas de pensamento que
turbulentamente se transferem entre pessoas e coletividades, mesmo que às vezes
nem sejam tão adequadas para quem pretende de fato se estabelecer em paz e em
consciência superior. Sejam seletivos com o que permitem entrar em seus mundos,
compondo lhes as perspectivas de se aprofundar nas relações com os valores e
opiniões que se propagam nos seus meios. Há certas maneiras de entender a
existência que são inexatas e repletas de incompreensões, e elas somente podem
ser colocadas a prova por aplicação da Lógica Maior.
Fazer a
seleção do que deve ou não lhes influenciar é realmente uma tarefa que exige
esforço e autopersuasão. Sejam determinados e persistentes, e terão resultados
que compensarão, pois muito lhes será oferecido quando conquistarem melhores
condições para saberem reconhecer com mais precisão o que é de fato precioso
para suas vidas do que não é relevante para esclarecer suas opiniões. Precisarão
desenvolver liberdade mental, mas não confundam este aspecto de si mesmos com a
teimosia e a presunção que alguns têm, e que não lhes permite aceitarem
orientações dos que estão mais avançados no caminho da vida espiritual. Muitas
instruções lhes são doadas para que possam avançar, estabilizando suas maneiras
de pensar e de sentir as experiências que se fazem como parte de seus padrões
de existir.
Evitem a
arrogância que muitas vezes tem cegado algumas almas, as quais mesmo não
estando em estado muito avançado de aprofundamento em Conhecimento
Transcendental, insistem em acreditar-se autossuficientes, o que as faz
permanecer por anos ou até mesmo vidas sucessivas aprisionados a tais falsas
presunções. Se existir excesso de humildade isso pode interromper suas
oportunidades de aumento de suas autoestimas, mas a falta de tal qualidade pode
gerar consequências muito mais desfavoráveis para quem pretende se adiantar nos
passos que conduzem ao rumo da Ascensão Espiritual. Existem muitos Seres de Luz
que podem orientar aos que buscam por tal condição que eles já alcançaram,
portanto, não devem ser nunca negados ou acusados pela própria incompreensão
humana.
Sejam
determinados e livres, porém, sinceros e humildes, e muito obterão. Não
confundam liberdade com presunção e substituam a arrogância por simpatia pelos
que estão mais avançados no Caminho da Luz. Para que possam assim o fazê-lo
precisarão, no entanto, saber reconhecer o que é coerente do que é
inconsistente com o que lhes parecerá mais lógico enquanto estiverem no caminho
certo, direcionando-se rumo a um estado de consciência mais avantajado. Quando
chegarem ao estágio a partir do qual terão de fato condições de a outros
orientar, as oportunidades se farão, e espontaneamente serão requisitados para
ao seu espaço ocupar. Há muito a se fazer a fim de propagar o que está lhes
sendo disponibilizado neste momento de transição, quando a vida em sociedade na
Terra haverá de mudar. Cultivem desde já os valores renovados que se farão
necessários e, dentre estes, não deixem de contemplar o amor pela liberdade que
os que já se libertaram podem ajuda-los a conquistar.
Saint Germain (23/10/2013)
Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas (Sri Krishna Madhurya Devi), Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio e do Templo da Fé Bhagavata – RJ, e originalmente publicado em http://missaodesaintgermain.blogspot.com.br. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.
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