A
mente humana precisa de diferentes convenções enquanto ela ainda se encontra
condicionada a acreditar-se culturalmente situada. No entanto, alguns tipos de
percepção sobre si mesma, porque mudam constantemente, também a fazem mudar de
compreensão a cerca de sua própria identidade. Desta forma, existem múltiplas
maneiras de a pessoa humana se entender e de se conhecer como alguém que é
aquilo que a sociedade a designa. Uma designação cultural exige diversas aceitações
e, para que alguém seja aceito como pertencente a algum grupo em particular,
este alguém tem que estar dentro dos padrões do que se faz aceito como certo
conjunto de peculiaridades. Quem se desvincula de um formato que o caracterizou
por certo tempo, em geral, passa por uma fase de adaptação, durante o qual sua
própria nova aceitação precisa se estabelecer.
Por
esse motivo, as pessoas mudam gradualmente, porque são muitos os
detalhes que as farão diferenciar daquilo que até então as caracterizou.
As mudanças externas
são mais fáceis de serem transformadas do que as internas e, estas
últimas
impulsionam as primeiras, mas podem também ser impulsionadas pelas
externas.
Uma depende da outra, mas certamente os estímulos internos são muito
mais
importantes para dar direção à condição humana, e eles provém da alma e,
portanto, da fonte de tudo o que deve verdadeiramente guiar à mente e o
coração
de quem se faz reconhecer como pessoa. Porém, nem sempre há perfeita
compreensão desta verdade, e muitos são os que se permitem apenas se
fazer
guiar por valores e opiniões formados pelo meio externo, ou seja, pelos
universos mundanos que os cercam. Isso pode ser visto e experimentado de
forma
expansiva integrando a sociedade a que a humanidade pertence nesta etapa
de sua
caminhada evolutiva.
Eu
em particular não pertenço à raça humana, mas tenho parte de mim em plena
atividade entre os seres que estão usando de corpos e de convenções humanas
para se encaminharem em suas vidas espirituais. Muitos deles não sabem disso
obviamente, mas mesmo errando vida após vida, como seres errantes que se fazem,
inconscientes de suas habilidades co-criativas e de compreensão das Leis
Superiores, eles condicionam-se e condicionam aos demais com quem convivem. Então,
os poucos que se abrem plenamente para as esferas sutis e os universos
superiores tendem a sentir-se, em certos momentos, deslocados de onde gostariam
de estar. Sabedores que são dos mecanismos que os libertam e que não os
permitem se condicionar, estes últimos precisam estar constantemente absortos
em suas medidas de aprofundamento e de absorção na vida que gostam de ter,
independentes das convenções e dos condicionamentos dos demais.
Em
diferentes lugares e em nações distintas, nas cidades e comunidades, em
ambientes particulares e nas famílias e em outros tipos de agrupamentos humanos,
sempre existem aspectos da Suprema Verdade que são aceitos como o que mantém os
membros dos mesmos agrupamentos unidos no uníssono de suas opiniões. Tais
uníssonos, no entanto, nem sempre estão coerentes com o que o Plano de Luz e de
Amor pode oferecer para quem deseja de fato se abastecer com frequência das
mais elevadas realizações, as quais podem proporcionar crescimento e avanço em
direção ao Conhecimento Superior. Sendo assim, a alma que se ilumina assim o
faz porque se desvencilhou das imposições e se libertou do que poderia a manter
distanciada dos rumos que enaltecem ao coração e aclaram os raciocínios,
libertando-se ainda mais. A liberdade se acrescenta e incondicionalmente leva
aquele que a cultiva a conquistar sempre mais aquilo que se traduz em
entendimento e aprofundamento, e em posicionamento sincero e convicto perante o
que não interessa mais àquele que se libertou do que o condicionava a acreditar
que não desejaria se libertar.
Queremos
propor uma nova mentalidade para o ser humano e, mesmo descendo às esferas da
intermediação, como entidades arcangelicais, estando plenamente conscientes de
nossa Identidade Divina e da perfeição que ela pode traduzir como a vida que
nos contém, podemos certamente lhes inspirar à sua própria redenção. Sugerimos,
então, que se descubram como seres livres e independentes de quaisquer amarras
que possam lhes enganar, de modo a se deixarem caminhar com passos largos e determinados,
rumo a caminhos iluminados e alheios ao que pode os afastar da Totalidade que
se revela aos que se permitem libertar. A Totalidade é o que os completa quando
se aproximam mais de Deus, o Supremo Senhor, a Pessoa Absoluta, que, conforme o
que se revela para nossas superiores percepções, é Krishna. Que Ele os liberte
de quaisquer condicionamentos, inspirando-os a conhecê-lo, para, a partir do
que se revela para suas compreensões sutis, poderem se aprofundar no que os
transformará ainda mais.
Arcanjo Ezequiel (10/09/2013)
Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e
co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e
originalmente publicado em http://ordemdezadkiel.blogspot.com.br. Se
desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte
original da publicação.
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