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domingo, 9 de junho de 2013

Compreensões Teológicas e Classificações dos Anjos


                As religiões se originam de diferentes tipos de interação que as pessoas, de acordo com suas particularidades, as quais lhes causam seus agrupamentos, devidos a afinidades que têm umas com as outras, estabelecem entre si e com Deus. Por haverem muitas maneiras de se relacionar com os assuntos celestiais, há inúmeras particularidades que compõem às manifestações da religiosidade humana. Dentre tais expressões de espiritualidade, algumas se interessam por conhecer-nos e à natureza de nossas congregações e serviços. Mas, se olharem na história de sua própria humanidade, verão que pouco se desvendou sobre quem nós de fato somos e de como nos relacionamos com vocês e suas organizações pessoais e coletivas. Muito há ainda a se revelar para suas percepções sutis, e este é um momento importante para a nossa recíproca aproximação.
                Dentro do que é reconhecido como história oficial da sociedade terrena desta época, compreende-se que os seres do Reino Angelical foram e ainda são tratados por muitos como se não houvesse distinções entre nós. Somos chamados indistintamente de anjos, sem que as pessoas em geral atentem para nossas classificações e organizações hierárquicas. Neste lapso recente que pode ser lembrado pelos raciocínios dos que, dentre vocês, fazem a história das religiões, os escritos que são mais predominantemente aceitos por uma maioria que ainda se mantém como tal nos descrevem como entidades de natureza espiritual e livre. Eles dizem acertadamente que nos ocupamos com a glorificação de Deus e a transmissão da Vontade Divina, e que podemos intervir no mundo visível de diferentes maneiras. Mas, muito pouco foi esclarecido sobre o significado desta natureza espiritual e de tais ações com as quais nos ocupamos.
                Esclareceu-se que nos dividimos em nove Coros Celestiais, que compõem uma Hierarquia, a qual foi por muitos anos comentada, mas ainda não é muito difundida entre as pessoas. Colocou-se os nove Coros em três Hierarquias, o que existe como resultado da aplicação da Sagrada Geometria que está na Mente de Deus sobre nossos padrões de existência. Algumas questões ficaram mal colocadas ou mal compreendidas, pois nosso assunto foi considerado por religiões dominantes como difícil de ser entendido ou até mesmo de menor importância. Por conta das dificuldades em apreender a entidade angelical, alguns preferiram não focalizar nos nove Coros e, para simplificar a questão, dividiram-nos em anjos bons e anjos maus. Não entendendo nossa eternidade, sugeriram que nascemos demônios e evoluímos em perfeição até atingir aos degraus mais elevados da nossa escala hierárquica.
                Mas, na verdade, nascemos angelicais, como lapsos da Suprema Consciência da qual emanamos com funções bem específicas. Por esse motivo, não se deve pensar em evolução, mas em expansão da consciência. Partindo das escalas superiores da Hierarquia do Reino, a consciência angelical se expande e, de uma mesma fonte de origem, podem emanar vários aspectos dela mesma, que atuarão em múltiplas escalas vibratórias ou dimensões. Sendo assim, cada aspecto de um mesmo ser angelical existe simultaneamente aos demais aspectos da sua fonte no aqui-agora Eterno e Transcendental, perante diferentes situações onde aquele foco de raciocínio e ação angelical se fez necessário e para ali se direcionou de acordo com tal necessidade. Desta forma, os chamados anjos maus nem mesmo existem, o que existe são seres do Reino Angelical que, por algum motivo em particular, ao travarem forte contato com as trevas da ignorância dos mundos materiais, caíram às camadas vibratórias inferiores.
                Este é o caso dos denominados anjos caídos, o que não é comum encontrar nos mundos materiais, mas, sim, existem alguns que encontram este destino. Porém, compreenda-se que mesmo tal condição não é muito duradoura, pois a natureza angelical causa forte impulso de busca pelo espiritual, e a alma angelical que caiu logo retoma sua consciência e de novo ascensiona. O fato é que enquanto servimos aos nossos encargos, mantemo-nos ascensionados, cada um na sua condição natural e atuando segundo suas incumbências, não submetidos à mesma lei de evolução a que a alma humana que, devido à função que é intrínseca ao Reino Humano, tem que se submeter. As classificações que nos mostram como tal resultam de incompreensões e precisam ser diluídas na escala do tempo eterno que os contém para que possam verdadeiramente nos compreender.
                Outras compreensões teológicas que surgiram ao longo do tempo histórico mais recente da Terra, visando estabelecer uma relação mais íntima das pessoas com a entidade angelical, falavam dos anjos guardiões pessoais. Tal visão foi, durante certo tempo, muito importante para ambos os lados da questão, pois fez com que muitas pessoas de fato buscassem mais por estes seus companheiros eternos. No entanto, embora o cultivo de uma relação deste tipo possa realmente surtir no efeito desejado, é importante que a mente aquariana agora compreenda que não existe este elo obrigatório entre nenhuma alma angelical para com uma alma humana específica. O que existe é a possibilidade de serem estabelecidos elos pessoais intensos e duradouros, o que depende do impulso e da sinceridade do ser humano que busque por tal interação.
                Para complementar a tudo o que já se colocou, quero concluir apontando uma classificação mais adequada que se desenvolveu, e que tem sido estudada por alguns, embora pouco compreendida por muitos. Ela contém a classificação dos 72 anjos cabalísticos, o que se aproxima bastante do que de fato precisa ser compreendido sobre nossas inúmeras naturezas e atribuições e, portanto, neste curso haveremos de trabalhar com tais 72 denominações. Vamos apresentar detalhamentos sobre cada uma delas, bem como sobre maneiras de sintonizar com suas qualidades vibratórias e obter, a partir de tal sintonização, aos benefícios que elas podem lhes oferecer. Esperamos poder contribuir com seus entendimentos a respeito deste Reino irmão ao Reino Humano, para que, desta forma, possamos nos aproximar mais de vocês. Será através da compreensão de quem nós somos que poderão se dar a liberdade de desenvolver amizade e reciprocidade para com tais sinceros Servidores da Sagrada Luz.
                                                               Arcanjo Gabriel (04/06/2013)

Conteúdo obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://ordemdezadkiel.blogspot.com.br. Este material faz parte dos recursos de apoio ao curso de Ciência dos Anjos, que será oferecido em breve pela Ordem de Zadkiel na cidade do Rio de Janeiro. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.

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