As
religiões se originam de diferentes tipos de interação que as pessoas, de
acordo com suas particularidades, as quais lhes causam seus agrupamentos,
devidos a afinidades que têm umas com as outras, estabelecem entre si e com
Deus. Por haverem muitas maneiras de se relacionar com os assuntos celestiais,
há inúmeras particularidades que compõem às manifestações da religiosidade
humana. Dentre tais expressões de espiritualidade, algumas se interessam por
conhecer-nos e à natureza de nossas congregações e serviços. Mas, se olharem na
história de sua própria humanidade, verão que pouco se desvendou sobre quem nós
de fato somos e de como nos relacionamos com vocês e suas organizações pessoais
e coletivas. Muito há ainda a se revelar para suas percepções sutis, e este é
um momento importante para a nossa recíproca aproximação.
Dentro
do que é reconhecido como história oficial da sociedade terrena desta época,
compreende-se que os seres do Reino Angelical foram e ainda são tratados por
muitos como se não houvesse distinções entre nós. Somos chamados
indistintamente de anjos, sem que as pessoas em geral atentem para nossas
classificações e organizações hierárquicas. Neste lapso recente que pode ser
lembrado pelos raciocínios dos que, dentre vocês, fazem a história das
religiões, os escritos que são mais predominantemente aceitos por uma maioria
que ainda se mantém como tal nos descrevem como entidades de natureza
espiritual e livre. Eles dizem acertadamente que nos ocupamos com a
glorificação de Deus e a transmissão da Vontade Divina, e que podemos intervir
no mundo visível de diferentes maneiras. Mas, muito pouco foi esclarecido sobre
o significado desta natureza espiritual e de tais ações com as quais nos ocupamos.
Esclareceu-se
que nos dividimos em nove Coros Celestiais, que compõem uma Hierarquia, a qual
foi por muitos anos comentada, mas ainda não é muito difundida entre as
pessoas. Colocou-se os nove Coros em três Hierarquias, o que existe como
resultado da aplicação da Sagrada Geometria que está na Mente de Deus sobre
nossos padrões de existência. Algumas questões ficaram mal colocadas ou mal
compreendidas, pois nosso assunto foi considerado por religiões dominantes como
difícil de ser entendido ou até mesmo de menor importância. Por conta das
dificuldades em apreender a entidade angelical, alguns preferiram não focalizar
nos nove Coros e, para simplificar a questão, dividiram-nos em anjos bons e
anjos maus. Não entendendo nossa eternidade, sugeriram que nascemos demônios e
evoluímos em perfeição até atingir aos degraus mais elevados da nossa escala
hierárquica.
Mas,
na verdade, nascemos angelicais, como lapsos da Suprema Consciência da qual
emanamos com funções bem específicas. Por esse motivo, não se deve pensar em
evolução, mas em expansão da consciência. Partindo das escalas superiores da
Hierarquia do Reino, a consciência angelical se expande e, de uma mesma fonte
de origem, podem emanar vários aspectos dela mesma, que atuarão em múltiplas
escalas vibratórias ou dimensões. Sendo assim, cada aspecto de um mesmo ser
angelical existe simultaneamente aos demais aspectos da sua fonte no aqui-agora
Eterno e Transcendental, perante diferentes situações onde aquele foco de
raciocínio e ação angelical se fez necessário e para ali se direcionou de
acordo com tal necessidade. Desta forma, os chamados anjos maus nem mesmo
existem, o que existe são seres do Reino Angelical que, por algum motivo em
particular, ao travarem forte contato com as trevas da ignorância dos mundos
materiais, caíram às camadas vibratórias inferiores.
Este
é o caso dos denominados anjos caídos, o que não é comum encontrar nos mundos
materiais, mas, sim, existem alguns que encontram este destino. Porém,
compreenda-se que mesmo tal condição não é muito duradoura, pois a natureza
angelical causa forte impulso de busca pelo espiritual, e a alma angelical que
caiu logo retoma sua consciência e de novo ascensiona. O fato é que enquanto
servimos aos nossos encargos, mantemo-nos ascensionados, cada um na sua
condição natural e atuando segundo suas incumbências, não submetidos à mesma
lei de evolução a que a alma humana que, devido à função que é intrínseca ao
Reino Humano, tem que se submeter. As classificações que nos mostram como tal
resultam de incompreensões e precisam ser diluídas na escala do tempo eterno
que os contém para que possam verdadeiramente nos compreender.
Outras
compreensões teológicas que surgiram ao longo do tempo histórico mais recente
da Terra, visando estabelecer uma relação mais íntima das pessoas com a
entidade angelical, falavam dos anjos guardiões pessoais. Tal visão foi,
durante certo tempo, muito importante para ambos os lados da questão, pois fez
com que muitas pessoas de fato buscassem mais por estes seus companheiros
eternos. No entanto, embora o cultivo de uma relação deste tipo possa realmente
surtir no efeito desejado, é importante que a mente aquariana agora compreenda
que não existe este elo obrigatório entre nenhuma alma angelical para com uma
alma humana específica. O que existe é a possibilidade de serem estabelecidos
elos pessoais intensos e duradouros, o que depende do impulso e da sinceridade
do ser humano que busque por tal interação.
Para
complementar a tudo o que já se colocou, quero concluir apontando uma classificação
mais adequada que se desenvolveu, e que tem sido estudada por alguns, embora
pouco compreendida por muitos. Ela contém a classificação dos 72 anjos
cabalísticos, o que se aproxima bastante do que de fato precisa ser
compreendido sobre nossas inúmeras naturezas e atribuições e, portanto, neste
curso haveremos de trabalhar com tais 72 denominações. Vamos apresentar
detalhamentos sobre cada uma delas, bem como sobre maneiras de sintonizar com
suas qualidades vibratórias e obter, a partir de tal sintonização, aos
benefícios que elas podem lhes oferecer. Esperamos poder contribuir com seus
entendimentos a respeito deste Reino irmão ao Reino Humano, para que, desta
forma, possamos nos aproximar mais de vocês. Será através da compreensão de
quem nós somos que poderão se dar a liberdade de desenvolver amizade e
reciprocidade para com tais sinceros Servidores da Sagrada Luz.
Arcanjo Gabriel (04/06/2013)
Conteúdo
obtido por sintonização através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa
da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de
Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://ordemdezadkiel.blogspot.com.br. Este
material faz parte dos recursos de apoio ao curso de Ciência dos Anjos,
que será oferecido em breve pela Ordem de Zadkiel na cidade do Rio de
Janeiro. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a
autoria e a fonte original da publicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Esteja a vontade para postar seus comentários, porém mesmo passará pela moderação antes de ser publicado. Grato